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A educação de surdos tem sido alvo de vários debates no cenário atual, sobretudo, em decorrência das barreiras comunicacionais fomentada pela dicotomia surdos versus ouvintes. Essa dicotomia é fruto da visão clínico terapêutica, que entende a pessoa surda como incapaz linguísticamente, sem o devido reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como a língua de expressão e comunicação da comunidade surda brasileira (BRASIL, 2002). Cerca de 95% das crianças surdas nascem em famílias compostas por ouvintes. Esse fato repercute na imposição das línguas orais-auditivas, como o português e o entendimento do surdo como aquele a quem falta algo, ou seja, a audição (QUADROS, 1997). Por sua vez, o marxismo apresenta-se como uma doutrina política baseada na análise sócio-econômica da sociedade, proposta por Karl Marx e Friedrich Engels. Para esses autores a sociedade é dividida em classes, algo que ressalta a desigualdade e exclusão social. Apresentamos os resultados da pesquisa em andamento voltada à produção de um glossário em Libras-língua portuguesa sobre os termos mais comuns presentes nesta doutrina. Neste texto apresentamos alguns estudos que abordaram os glossários voltados para a educação de surdos e debatemos a produção de nossa autoria, comentando os principais aspectos da produção do vídeo ‘o que é mais valia?’.

: Educação de surdos. Glossários. Marxismo. Libras