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Desconstruções de homofobia na escola: experiências e aprendizagens
Emanuel Raulino De Freitas, Adeilson Anger Fisner, Kathlen Luana de Oliveira

Última alteração: 23-10-2017

Resumo


Desconstruções de homofobia na escola: experiências e aprendizagens

 

Emanuel Raulino de Freitas1, Adeilson Anger Fisner1,Kathlen Luana de Oliveira1 (Orientador)

 

1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Osório

[email protected], [email protected].

 

 

O seguinte trabalho consiste em uma análise de experiências de ensino-aprendizagem do campus Osório do IFRS que almejava desconstruir discursos e atitudes homofóbicas presentes no âmbito escolar. Metodologicamente, o trabalho se organizou de duas formas: primeiro, os estudantes levaram as discussões de gênero e homofobia para as aulas de filosofia provocando desconstruções de pensamentos homofóbicos, heteronormativos e intolerantes. Essas discussões traziam explicações teóricas, mas também práticas de experiência e dados estatísticos. A partir de seminários de discussão de gênero, observou-se a necessidade de enfrentamento de preconceitos existentes. Com estudos das obras de Guacira Lopes Louro e Rogério Diniz Junqueira, debates foram realizados com estudantes do primeiro ano do ensino médio técnico integrado em administração com a proposta de perceber violências e construir caminhos de superação. No entanto, houve discussões positivas e negativas, demonstrando as várias facetas das violências homofóbicas. Isso instigou a dar continuidade no projeto. No segundo momento, o trabalho voltou-se para um aprofundamento teórico, incluindo obras como “Gênero, sexualidade e educação” de Guacira Lopes Louro. A partir das leituras, foi possível ampliar conhecimentos e compreender múltiplas realidades institucionais, sociais, educacionais relacionais e identitários, compreendendo conceitos como gênero, homofobia, identidade, estereótipo e heteronormatividade. Foram estipulados os seguintes objetivos: problematizar as estruturas sociais que justificam violências e fortalecem a heteronormatividade; promover o diálogo no ambiente escolar sobre gênero e homofobia, buscando formas de desconstrução de preconceitos; refletir filosoficamente sobre corpo, identidade e diversidade, propiciando o empoderamento de identidades das e dos estudantes; problematizar percepções estereotipadas de pessoas LGBT, possibilitando a compreensão e o respeito das diferenças. Como resultados do projeto, foi perceptível que as discussões obtiveram êxito tanto dentro da sala de aula como fora. Os conhecimentos foram compartilhados e difundidos entre estudantes. Houve protagonismo estudantil, isto é, o conhecimento foi construído a partir e para estudantes. A pesquisa possibilitou desconstruções de pensamentos e ações pautadas na heteronormatividade. Também foi evidente a construção de conhecimentos com as pesquisas e leituras, pois se identificou que é necessário continuar lutando e buscando formas de combater esses preconceitos e violências, compreendendo que é fundamental oportunizar espaços de diálogo no âmbito escolar.  Como conclusões dessas experiências educativas, a compreensão que se estabeleceu é de que a desconstrução de argumentos heteronormativos precisa, além de conceitos e teorias, envolver corporeidades e identidades. E, para desconstruir violências na luta pela efetivação de direitos, ainda há um longo caminho pela frente.

 

Palavras-chave: Homofobia; Escola; Prática educativa.

 


Palavras-chave


Homofobia; Escola; Prática educativa.