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Com base no aparato teórico da Análise do Discurso de linha francesa, o qual concebe o sujeito como constituído pela linguagem, este trabalho pretende empreender uma análise teórica de como ocorre o processo de inscrição subjetiva em mais de uma língua. Isto é, busca compreender como se dá esse processo de filiação às redes de significação para que o sujeito diga/interprete. Busca-se nesta pesquisa observar o funcionamento destas materialidades linguísticas distintas na constituição dos modos de dizer deste sujeito inscrito em condições de produção determinadas. Neste trabalho, toma-se como base que o sujeito é constituído por uma língua materna, uma língua com função estruturante e assume-se que o português brasileiro aparece como a língua nacional, a língua da escola, a língua gramaticalizada. Neste viés, considera-se que a língua está sujeita à exterioridade linguística, e que a historicidade produz efeitos diversos na produção dos sentidos, de tal forma que é preciso observar a constituição identitária e a estruturação do sujeito pela linguagem, sem deixar de verificar como estas relações produzem novos modos de dizer no sujeito. Em outras palavras, pretende-se um estudo teórico da relação do sujeito com as línguas que o constituem e que o estruturam. As análises iniciais apontam que compreender a língua como instrumento de comunicação não produz um processo de identificação do sujeito com uma língua em processo de aprendizagem.

Análise do Discurso; Sujeito; Língua.