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Testes em cebolas (Allium test) para avaliação de toxicidade, micronúcleos e anormalidades cromossômicas
Davi Da Cunha Morales, Daniele de Souza Barbosa Fogaça Reis, Luciano Basso da Silva, Juliana Schmitt de Nonohay

Última alteração: 14-09-2018

Resumo


A cebola (Allium cepa) é uma das espécies vegetais mais utilizada em testes de avaliação de toxicidade e anormalidades genéticas, constituindo um bioensaio de citotoxicidade e genotoxicidade bastante utilizado para compostos químicos e poluentes ambientais. O teste da cebola (Allium test) é sensível, de fácil execução e baixo custo e apresenta alta correlação com os resultados de outros bioensaios. Neste sentido, este trabalho objetiva apresentar a metodologia e os tipos de análises efetuadas em bioensaios com cebolas. Nos bioensaios, os bulbos das cebolas (sem raízes) são colocados em frascos com água, por 24h, e posteriormente, por 48h, em frascos contendo a solução a ser testada. Após as 48h, as raízes emitidas são cortadas e fixadas em solução Carnoy (3 etanol: 1 ácido acético), por 24h, a temperatura ambiente. De cada cebola, as maiores raízes (de três a cinco) são medidas em comprimento e armazenadas em etanol 70%, a 4ºC, para posterior preparação e observação das células da ponta das raízes em lâminas de microscopia. Na preparação das lâminas, as raízes são submetidas à hidrólise ácida com ácido clorídrico (5N), durante 15 minutos, a temperatura ambiente, e maceradas manualmente sobre uma lâmina de microscopia,  sendo posteriormente coradas com solução de orceína-acética (1%) durante 15 minutos. A observação das células é realizada em microscópio óptico, em aumento de 400x e 1000x. No teste, a análise de efeitos citotóxicos é realizada através da estimativa do crescimento das raízes e pelo índice mitótico, ou seja, número de células em divisão mitótica, geralmente, em 1000 células avaliadas. A análise de alterações genéticas (genotoxicidade) é efetuada pela avaliação da presença de micronúcleos, usualmente, em 1000 células em interfase e anormalidades cromossômicas em células em divisão por mitose. Os micronúcleos são formados pela ação de agentes que afetam o fuso mitótico ou pela perda de fragmento cromossômico ou cromossomo inteiro, respectivamente efeitos denominados aneugênico e clastogênico. Na formação dos micronúcleos, os fragmentos ou cromossomos inteiros que não se orientam para os núcleos filhos de uma célula em divisão ficam perdidos no citoplasma, formando sua própria membrana nuclear. Nas mitoses, usualmente, são avaliadas entre 100 a 200 células nas fases de anáfase e telófase. Nestas fases podem ser identificados efeitos clastogênicos, pela presença de pontes e fragmentos de cromossomos devido a quebras, e efeitos aneugênicos, pela presença de cromossomos retardatários devido a alterações do fuso mitótico.



Palavras-chave


Bioensaios; Allium test; anormalidades genéticas

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