O número de espaços de cultura e divulgação científica acessíveis na periferia é pequeno quando comparado com o que se encontra nos bairros centrais. O presente projeto disponibiliza um desses espaços no Campus Restinga do IFRS (no bairro Restinga). O projeto permite que estudantes e outros pessoas externas ao campus possam ter contato com conhecimentos de astronomia, e realizem observações astronômicas com ou sem o uso de telescópio, no observatório astronômico da Restinga  (localizado no próprio Campus). As observações são realizadas nas segundas-feiras sempre que as condições climáticas permitam e esporadicamente em outros dias quando algum evento celeste só puder ser observado naquele dia como a observação do eclipse lunar de 27 de julho. Devido ao céu encoberto, durantes os primeiros meses do projeto, ocorreram em média uma a duas observações por mês, abertas ao público, com 10 a 20 pessoas em cada noite. Também fizemos observações para estudo pessoal sendo normalmente nas segundas ou nas quartas dependendo meramente do clima. Aproveitamos as semanas sem observação para fazer manutenção nos equipamentos do observatório. Recentemente desenvolvemos um intervalômetro, necessário para as práticas de astrofotografia, daí em diante foi possível fazer registros das observações realizadas para futuros estudos, facilitando a avaliação das imagens e de fenômenos celestes. Fizemos também a montagem de uma caixa de transporte para os equipamentos que não ficam guardados dentro do observatório, facilitando assim o transporte dos equipamentos quando necessário para observação. O equipamento, incluindo cúpula e telescópio, foi doado pelo Departamento de Astronomia do Instituto de Física da UFRGS em abril de 2017. O observatório vem sendo aperfeiçoado de acordo com as necessidades ou falhas descobertas em seu uso, como, por exemplo, a instalação de iluminação auxiliar de LED, vermelha durante as observações para causar o mínimo de ofuscamento e branca na montagem e desmontagem dos equipamentos. Corrigimos um problema de acúmulo de água que causava vazamentos a cada vez que a cúpula era movida. Desta forma o observatório astronômico tem se consolidado como um espaço de difusão de conhecimentos científico e astronômicos ao público do bairro, e também tem se constituído em uma espaço alternativo de lazer e cultura.