Última alteração: 01-10-2024
Resumo
Este trabalho irá explorar os três mal-estares da sociedade na perspectiva tayloriana, e faz parte do projeto “Ética e autenticidade em Charles Taylor” que tem como objetivo compreender o desenvolvimento argumentativo do filósofo canadense no que diz respeito à ética e à autenticidade. Também visa estabelecer relações entre a compreensão tayloriana dos temas e as diversas construções acerca disso. Este projeto utiliza uma metodologia hermenêutica, com base na interpretação de obras selecionadas. O processo é dialético, no sentido de colocar em diálogo autores, comentadores, relatos de experiências e percepções coletadas na vivência da realidade contemporânea. O trabalho iniciou-se através de textos que trouxeram auxílio para a escolha do tema. Em sua maior parte, os materiais estudados partiram do livro “A ética da autenticidade” de Charles Taylor, que é um filósofo canadense nascido em 1931 em Montreal, conhecido por suas contribuições em filosofia política, ciências sociais, história da filosofia e filosofia da religião. Professor renomado na Universidade McGill, que ganhou muitos prêmios ao longo da carreira. Formou-se em História também pela Universidade McGill em 1952 e fez os cursos de Política, Filosofia e Economia em Oxford, onde também completou seu mestrado e doutorado. A pesquisa conta no momento com resultados parciais. Podemos entender que a busca por autenticidade está cada vez mais difícil devido às pressões sociais, que podem atrapalhar o autoconhecimento. Taylor defende a existência de três mal estares da sociedade moderna. Primeiro o individualismo, que mostra que atualmente cada pessoa escolhe seu próprio estilo de vida, e muitas delas acreditam que as noções tradicionais de hierarquia tiram nossa liberdade. Diferente do passado, quando todos seguiam regras e tinham papeis bem definidos, o que dava um “sentido à vida”. Esse desencantamento é resultado da perda dessas crenças. Segundo é a razão instrumental que aparece quando não há mais uma estrutura metafísica para guiar as ações. As pessoas passam a usar a razão só para alcançar objetivos práticos, sem se preocupar se são éticos ou bons, focando apenas nos resultados, sem se preocupar com os meios. As pessoas podem perder a noção de limites morais, já que não há mais um sistema universal de valores para orientar suas ações. Terceiro, a apatia política, que é a não participação ou interesse na vida pública e política, e a falta preocupação com temas importantes como saúde pública e meio ambiente. Quando concluída, essa pesquisa ajudará a entender melhor a visão de Taylor sobre a autenticidade e como cada pessoa pode encontrar um sentido mais profundo e ético para a sua vida.