Portal de Eventos do IFRS, VI Mostra de Pesquisa, Ensino e Extensão do IFRS - Campus Viamão

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NASCENTES DEGRADADAS DO PARQUE SAINT HILAIRE DE VIAMÃO
Júlia de Freitas Baumhardt, Robson Garcia da Silva, Adriano Andrejew Ferreira, Ariela Milbrath Cardoso, Claudio Henrique Kray, Rosana Serpa, Iury Almeida Accordi

Última alteração: 08-11-2023

Resumo


Desmatamento, introdução de espécies vegetais exóticas, despejo de esgotos domésticos e de resíduos sólidos, são alguns dos problemas ambientais que têm causado uma contínua degradação de nascentes e de suas Áreas de Preservação Permanentes (APPs) no Parque Natural Municipal Saint Hilaire de Viamão. Desde meados de 2022 uma pesquisa vem sendo desenvolvida, em parceria com o Parque Saint Hilaire e o Ministério Público do Rio Grande do Sul, com o objetivo de investigar a situação ambiental das nascentes dessa unidade de conservação. Nesse contexto, este trabalho  se propõe a apresentar um diagnóstico ambiental das nascentes e APPs do Parque. Para isso foi feito um mapeamento das nascentes e APPs do Parque e foram analisados in loco vinte (20) parâmetros qualitativos, sendo quatorze (14) observados em nascentes, quais sejam: processos (erosão ou assoreamento) observados na nascente, cor, turbidez, odor, resíduos sólidos,  materiais flutuantes, óleos e graxas, esgoto, eutrofização, acesso de animais, uso por humanos,  facilidade de acesso, proximidade com residências ou criatórios e proximidade com equipamentos de infraestrutura, e seis (6) observados em APPs, como processos (erosão ou assoreamento)  observados na APP, resíduos sólidos, esgoto, vegetação, acesso de animais e impacto na APP. Os parâmetros foram mensurados por meio de atributos, com valores distribuídos de um (1) a três (3), os quais indicam a ausência ou a presença dos parâmetros analisados. O somatório dos valores dos atributos (1 ou 2 ou 3) de cada parâmetro das nascentes e APPs analisadas definiu um grau de preservação. Para um somatório de valores entre 20 a 32, o grau é preservado; de 33 a 46, o grau é moderadamente preservado e, de 47 a 60, o grau é degradado. Como resultados parciais, o estudo constatou que das quarenta e cinco (45) nascentes já mapeadas e analisadas, cinco (5) estavam degradadas. Dentre essas, destaca-se a nascente do Arroio Dilúvio, principal curso d'água de Porto Alegre, que nasce no Saint Hilaire e percorre cerca de 17 km, escoando águas de outros afluentes em localidades densamente habitadas da cidade, até desaguar no Guaíba, principal manancial de abastecimento da população da Capital. Além disso, treze (13) nascentes apresentaram um grau moderado de preservação e vinte e sete (27) estavam preservadas. Essa situação é preocupante, pois mesmo sendo protegidas por lei e estando localizada em unidade de conservação, as nascentes estão sendo afetadas por atividades humanas. Por fim, com este estudo será possível gerar produtos como mapas temáticos e banco de dados georreferenciados - indicando o grau de preservação das nascentes - que será utilizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul para abastecer um aplicativo do Projeto Águas para o Futuro.

Palavras-chave


impactos, recursos hídricos, unidades de conservação.

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