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Horta agroecológica e compostagem integrados na merenda escolar
Última alteração: 14-10-2022
Resumo
O programa de extensão Eco Viamão - Hortas Escolares Agroecológicas, promove ações em escolas da cidade de Viamão, com a participação de bolsistas em parceria com alunos, docentes e merendeiras do ensino médio da rede estadual de ensino público. O trabalho desenvolvido agrega diferentes conhecimentos, utilizando como diretriz norteadora a educação ambiental. Entende como fundamental que haja uma integração e transição ecológica de processos de educação e alimentação. As atividades práticas do programa constituem instrumentos educacionais e sociais de grande importância. Estimulam a criatividade e o despertar do interesse científico e social, aproximando os estudantes, e outros agentes educacionais, da aplicação dos conceitos teóricos. Como objetivo principal, pretende suscitar a união de três eixos: segurança alimentar, cooperação e agroecologia, propondo repensar a alimentação, a nutrição e o acesso à alimentação, como formas de saúde preventiva e coletiva. Observou-se que em duas escolas, os conceitos trabalhados já começaram a ser vivenciados. Na E.E.E.F. João Barbosa e na E.E.E.F. Adônis dos Santos, em junho e julho de 2022, ocorreu a construção das composteiras, assim como, a montagem e plantação das hortas. Na Escola João Barbosa, os canteiros foram montados diretamente no solo, e na Escola Adônis, em hortas suspensas, de acordo com as particularidades geográficas de cada espaço. Nos meses de setembro e outubro foi possível coletar algumas variedades: alface, couve, espinafre, salsa e cebolinha. Os insumos começaram a ser usados pelas merendeiras no cardápio dos alunos e professores, agregando mais sabores, diversidade e nutrição à dieta escolar. As cascas e talos, que não foram utilizados em outras receitas, tiveram como destino as composteiras, que estão em processo de transformação da matéria orgânica em composto orgânico e complementarão o solo para novas plantações. Em combinações entre os agentes envolvidos - alunos, professores e merendeiras - estabeleceu-se uma ação colaborativa em cada local para a compostagem, plantação, acompanhamento e colheita. Das hortas, as merendeiras planejaram, de acordo com as regras dos cardápios indicados para as escolas públicas, a inclusão dos vegetais e ervas, quando estão no ponto de colheita. Até o presente momento, o cardápio tem sido enriquecido semanalmente com alguns itens que não estavam sempre disponíveis. Os alunos aceitam provar todos os produtos incluídos na merenda escolar. A segurança alimentar é o direito de acesso a alimentos de qualidade, de forma regular e permanente, em quantidade suficiente e sem comprometer o acesso a outras necessidades básicas. Conclui-se até aqui, dado que o estudo segue em desenvolvimento até dezembro de 2022, uma experiência que já se mostrou exitosa. Suas propostas e práticas podem ser um caminho na busca pelo acesso à uma alimentação fresca, orgânica e local, assim como, para o estímulo da promoção da saúde coletiva partindo da comunidade escolar.
Palavras-chave
Educação ambiental, Segurança alimentar, Coletividade
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