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Políticas Institucionais de compensação para mães estudantes
Fabíola Aguiar da Luz, Suélen Capell Bezerra, Thais Cristine Ranzi, Marilia Bonzanini Bossle

Última alteração: 17-10-2022

Resumo


Esta pesquisa lista uma série de ações, iniciativas políticas, editais especiais, normativas ou outras resoluções de compensação na análise curricular de estudantes com filhos ou em período de licença maternidade ou adotantes. A pesquisa foi feita remotamente, no período de dezembro de 2021, consultou-se 263 pró-reitorias de pesquisa e pós-graduação, por email. A base de dados utilizada foi a presente no Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (FOPROP), para contatar as Pró-Reitorias. Das 49 respostas recebidas, 22 afirmaram que a instituição possui políticas compensatórias para estudantes. Os resultados foram tabelados e organizados por categorias de acordo com a ação promovida pela Instituição. Assim, organizou-se em uma planilha, categorizada por tipo de política que a Instituição de Ensino possui, distribuídas em: Edital; Política; Resolução e Projeto ou grupo de trabalho. Distribuiu-se os dados obtidos em cada uma dessas categorias, com a divisão de acordo com a região geográfica de cada Instituição. Editais relevantes aos estudantes com filhos foram encontrados em 9 Instituições, de 5 regiões do Brasil, com ênfase no Sul e Sudeste. Políticas Compensatórias em quatro instituições. Resoluções e Grupos de Trabalho, presentes em dez instituições: Os resultados apresentados foram obtidos por meio das respostas recebidas, podendo haver ações de compensação não registradas pelo não pronunciamento de alguma Instituição, já que 80% não retornaram. Este levantamento vai ao encontro de outras ações do projeto, como por exemplo, constatou-se a sobrecarga pertinente às estudantes mães, muitas vezes sem rede de apoio materno. Com isso, precisam buscar apoio nas próprias Instituições de Ensino e Pesquisa, que devem desenvolver políticas, editais especiais, normativas ou outras resoluções de compensação na análise curricular de estudantes com filhos, em período de licença maternidade ou adotantes. Esta pesquisa contribui com a temática, já que lista uma série de ações e iniciativas que podem ser adotadas pelas instituições, com pontuações e análise diferenciada do currículo para estudantes mães, suspensão da contagem dos prazos regimentais, concessão de auxílio financeiro, entre outros. Além disso, a pesquisa cumpre seu papel de instigar e movimentar o debate em prol de ações que fomentem a permanência de mães e gestantes na área acadêmica. Ao levantar este questionamento para os setores responsáveis dentro das instituições de ensino superior, cria-se um incentivo para que estes promovam mais meios de facilitar a conciliação entre maternidade e pesquisa, enquanto busca-se, em outras esferas da sociedade, reduzir a carga desigual de cuidados parentais que recai sobre as mulheres.

Palavras-chave


Políticas; Maternidade; Instituições

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