Última alteração: 04-03-2020
Resumo
O projeto Segurança Alimentar, Cooperação e Agroecologia em Comunidades Mbyá-Guarani, coordenado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul/Campus Viamão-RS, em parceria principalmente com a EMATER-ASCAR/RS,já vem sendo trabalhado desde 2016 com outras ações conexas de ensino e extensão. Este ano, ele foi implantado no primeiro semestre e atende atualmente um número aproximado de 42 famílias na Aldeia Cantagalo e 22 na Aldeia de Itapuã, em uma área que corresponde aproximadamente 270 hectares. A maior parte do terreno é coberto por vegetação nativa e alguma parte exótica, sendo apenas 0,20 hectares, em média, destinados ao cultivo por família. As comunidades contam com atendimentos semanais nas unidades de saúde e escolas estaduais de ensino fundamental e médio. Os moradores costumam cultivar alimentos tradicionais, como milho, feijão, batata doce, aipim, amendoim, além de uma pequeno pomar, raras hortas e algumas aves. A dieta, por conta disso e da baixa renda em geral (maioria vive de bolsa família e artesanato), acaba não sendo balanceada por falta de sais minerais, proteínas e vitaminas. Há muita pressão de vendedores ambulantes que circulam pelas aldeias, além de estabelecimentos de varejo próximo, que em geral não oferecem alimentos de qualidade e praticam preços exorbitantes, potencializando os prejuízos à saúde e às economias dos indígenas. Desde o ano de 2016, se trabalha a segurança alimentar e nutricional mediante projetos, como o FundoCasa (em conjunto com o IFRS), Banrisul (sementes), Rio Grande Agroecológico (ferramentas), além dos Editais PAIEX/Ações Afirmativas do IFRS e do próprio EcoViamão. Também se realiza Vivências Guaranis, Trilhas Ecológicas e um projeto de Cooperação, visando construir alternativas de acesso à alimentação de qualidade (produtos orgânicos, por exemplo) e a menor custo. Outrossim, se trabalha o PNAE (Programa nacional de Alimentação Escolar) e o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), beneficiando os indígenas que estão produzindo hortaliças e frutas e, logicamente, os estudantes das escolas Mbya-Guarani. Por fim, depois da aprovação da Política de Ingresso Especial e Permanência do Estudante Indígena, ingressaram em 2019 onze estudantes guaranis.