Portal de Eventos do IFRS, IV Mostra de Pesquisa, Ensino e Extensão do IFRS - Campus Viamão

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Hortas escolares como ferramenta de Educação Ambiental: Precepção de professores
Francielle Oliveira de Vargas da Silva, Danielle Carneiro Duarte Grassi, Cláudio Fioreze, Luciano Belcavello

Última alteração: 03-03-2020

Resumo


Este trabalho é parte resultante do projeto de extensão intitulado "Hortas Escolares Agroecológicas", do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Campus Viamão, do qual participam quarenta escolas de educação básica do município. O projeto oferece suporte técnico e pedagógico às escolas para implantação e manutenção de hortas escolares, como espaços para atividades curriculares e extracurriculares. O objetivo foi realizar um diagnóstico preliminar quanto à percepção de professores acerca da utilização de hortas como ferramenta de Educação Ambiental (EA), bem como apontar as dificuldades enfrentadas e as fontes de informação utilizadas pelos docentes para selecionar plantas medicinais utilizadas no projeto. O estudo foi do tipo exploratório descritivo e o instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário estruturado. Os dados obtidos foram compilados e analisados com enfoque qualiquantitativo. Participaram da pesquisa 29 professores da educação básica do município de Viamão, participantes do projeto. Todos os docentes participantes acreditam que o projeto é uma ferramenta importante de EA, e a maioria (27) associou o trabalho com as hortas escolares a pelo menos um dos seguintes temas: alimentação saudável, conservação do meio ambiente, aprendizagem significativa, cooperação, valorização das ervas medicinais, reutilização de materiais recicláveis, interdisciplinaridade, construção de conhecimento, pesquisa, resgate de valores, sustentabilidade, economia solidária e sensibilização da comunidade. Para 90% dos professores participantes, as dificuldades para a execução de projetos de EA e implantação de hortas escolares estão relacionadas ao pouco envolvimento da equipe escolar, à limitação financeira e/ou à disponibilidade de tempo para dedicação ao projeto. Na visão dos professores essa situação poderia ser contornada com a sensibilização, oferta de oficinas pedagógicas e formação continuada aos docentes. Ainda, 97% agregariam plantas medicinais na horta, cuja seleção ocorreria por meio de conhecimento tradicional (36%), pela pesquisa embasada em estudos científicos (29%) ou em publicações da Anvisa/Ministério da Saúde (29%). Esses resultados preliminares indicam que as hortas escolares são excelentes ferramentas de EA e que a introdução de plantas medicinais nesses espaços deve considerar os conhecimentos quanto à seleção, segurança, preparo e utilização. Esses dados auxiliarão no processo de avaliação e aperfeiçoamento do projeto.

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