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Como incluir o autista no ambiente escolar?
Paola Peretto Freitas, Diego Francisco Tessarzik da Rosa, Échelei Tais Pimentel Gonçalves, Luis Gustavo dos Santos Zorzan

Última alteração: 08-11-2018

Resumo


 

O presente trabalho tem como objetivos descrever o autismo, também conhecido como Transtornos do Espectro Autista (TEA), e indicar iniciativas para a melhor inserção de pessoas portadoras no ambiente escolar. A justificativa para o desenvolvimento dessa pesquisa é o fato de vivenciarmos em sala de aula a pouca inclusão de alunos com transtornos e, também, por desconhecimento de como é o TEA. O TEA é caracterizado por uma desordem cerebral que impacta no desenvolvimento da pessoa. Tais transtornos causam problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social, podendo interferir na forma como o indivíduo percebe o mundo e interage com os outros, ocasionando desafios sociais, de comunicação e comportamentais. Trata-se de uma condição crônica, de uma deficiência neurológica, e não de uma doença. Esse transtorno não possui cura e suas causas são incertas, porém o indivíduo portador pode ser estimulado, reabilitado e tratado para que, assim, possa se adequar ao convívio social e às atividades acadêmicas da melhor maneira possível. Essa pesquisa faz parte de um projeto escolar chamado “Multifeira”, onde os alunos escolhem um tema de interesse para desenvolver uma pesquisa e, em sua culminância, apresentam para a comunidade de forma oral, com subsídio de um pôster explicativo e, se necessário, algum protótipo. As áreas do conhecimento envolvidas são as Ciências da Natureza e Matemática. Após o tema escolhido, pesquisamos sobre o assunto com auxílio de bibliografia adequada, entrevistamos pessoas envolvidas de alguma forma com o TEA (orientadores escolares, psicólogos, familiares) e produzimos um pôster explicativo. Dentre os resultados obtidos descobrimos que quanto antes o autismo for diagnosticado melhor, pois o transtorno não atinge apenas a saúde do indivíduo, mas também de seus cuidadores que, em muitos casos, acabam se sentindo incapazes com a situação. É preciso compreender o que agrada e o que causa desconfortos no autista. Uma das estratégias para inclusão no ambiente é a realização de atividades coletivas, dando chance dos educandos conviverem entre si. A escola deve oferecer um ambiente onde os alunos autistas se sintam acolhidos, respeitados e recebam oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento integral. Ao receber um aluno autista, recomenda-se à escola, em primeiro lugar, uma conversa cuidadosa com os familiares, estabelecendo um canal de comunicação, buscando entender quais as atividades que funcionam com o portador, quais os tipos de terapias e estímulos que já está recebendo, e tentar descobrir qual é o papel da escola no seu desenvolvimento. Em suma, esperamos com esse trabalho, alcançar o máximo de pessoas para que o TEA seja compreendido, e assim estabelecer uma prática, de que é possível fazer com que o aluno autista se sinta incluso da melhor forma possível dentro do ambiente escolar.


Palavras-chave


Autismo; inclusão; escola

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