Este trabalho se insere no projeto de pesquisa intitulado: a linguagem na constituição do ser humano em Charles Taylor, que tem como objetivo apontar perspectivas de entendimento e alternativas reflexivas para o fenômeno humano a partir da linguagem e em seus desdobramentos éticos, subjetivos e sociais. O projeto se justifica pela importância que a linguagem tem para todas as culturas humanas e pela atualidade de novas formas de interagir e influenciar. Utilizamos uma metodologia hermenêutica e dialética, num processo de interpretação e atualização de fontes bibliográficas e de entendimento da realidade atual. Os resultados são parciais e apontam para algumas conclusões do autor e sua relação com uma autora brasileira. Para Taylor a linguagem pode ter dois eventos: o primeiro é o evento puro e simples, este evento é conhecido como evento que não pressupõe um pano de fundo de significado, trata-se da linguagem objetiva técnica e tecnológica, ela busca neutralidade e objetividade; o segundo é o evento de significado, este evento é conhecido como evento onde a linguagem tem significado a partir do pano de fundo de cada pessoa. Taylor entende a linguagem como ação, expressão, forma de vida, algo bem diverso de um simples instrumento de designação ou coleção de sinais representativos. Quando se lida com eventos de significado não se pode simplesmente tomar por foco o evento que ocorre, é preciso levar em conta o pano de fundo que lhe confere significado. Tiburi descreve a estética como um imenso campo dos afetos, corporeidade, linguagem e discurso. E a política é a ordem e as formas como a estética se repete. Em relação ao significado de ridículo, seria uma ação, um acontecimento ou um dado que naturalmente teríamos vergonha de deixar aparecer, mas que acaba sendo exposto e mediante sua exposição, é mais visível que tudo ao seu redor. Na visão de Tiburi a sociedade tem o hábito de não tratar com seriedade as coisas políticas, se baseando em ideias pré-programadas, proporcionadas pela mídia.