A teoria comportamental estabeleceu entendimento em importantes aspectos na relação indivíduo-organização, tal qual se pode nos dias de hoje observar dentro das organizações. A teoria apresenta fatores-chave para uma melhor compreensão acerca do fator humano dentro de um ambiente organizacional, que devido à sua natureza, pode ser considerada imprevisível, mas, através de observação e diálogo, podemos utilizar o comportamento para facilitar o alcance dos objetivos e metas. Para compreender esses comportamentos, é necessário entender como a organização o influencia a pensar e agir de determinadas maneiras. Podemos considerar a motivação humana como o primeiro aspecto a ser analisado, através da ótica das condições de trabalho e da função em si. Para facilitar o estudo, utilizamos os sistemas de administração de Likert, que buscam traçar uma visão da organização a partir de algumas variáveis importantes como decisões, comunicação, relações interpessoais e recompensas / punições, e outras ferramentas presentes na teoria como os fatores de Herzberg, que ajudam a explicar a origem de comportamentos motivacionais ou desmotivacionais, a Teoria X e Y de McGregor, que nos gera uma escala do quão flexível e dinâmica pode ser a postura da organização, e a responsabilidade de integrar objetivos individuais e organizacionais, segundo o ideal proposto por Chris Argyris. O grupo analisado foi composto por estagiários de um órgão público estadual, que responderam um questionário anonimamente. As questões foram desenvolvidas com o intuito de gerar um perfil do órgão pela visão dos entrevistados. O perfil gerado ao final da pesquisa mostra uma organização autoritária, com um estilo de administração mais rígido no que diz respeito a decisões e à comunicação, porém com uma autoridade aceita pelos colaboradores, que, apesar de não estarem motivados e satisfeitos, também não estão desmotivados e insatisfeitos. Ainda que as decisões sejam tomadas de forma centralizada, a autoridade é bem aceita pelos estagiários, que também sentem-se tranquilos com relação aos objetivos organizacionais, já que a instituição é aberta ao diálogo no que diz respeito a conflitos com seus objetivos individuais e permite os grupos informais, tornando, assim, a gestão inflexível e dura em alguns pontos e flexível e aberta em outros.