Última alteração: 21-10-2021
Resumo
LÍBERA: CÍRCULOS, CICLOS E FEMINILIDADES
Direitos Humanos e Justiça
Coordenador(a) da atividade: Neila SPEROTTO
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)
Autores: Luzângela Pimentel; Kauana Rafaela Souza Wathier.
O presente trabalho discorre sobre a atuação e o desenvolvimento do projeto de extensão Líbera: Círculos, Ciclos e Feminilidades, tendo como intuito socializar a experiência desenvolvida no período de setembro de 2020 a março de 2021, no IFRS-Campus Rolante. O projeto tem como propósito resgatar os saberes das mulheres sobre suas feminilidades, pois a hipótese abordada é que foram invisibilizadas, diante da urgência em pautar no debate político a igualdade de direitos. Já é comprovado que nós, mulheres, somos seres com as mesmas condições de trabalho que os homens, mas, defendemos que temos peculiaridades, referentes às nossas condições biológicas, que nos diferem e precisam ser reconhecidas. O recorte que escolhemos para o estudo e práticas neste período foi a menstruação, pois no universo das mulheres jovens este é ainda um tema tabu, sendo considerado um problema íntimo somente das mulheres, sem que a sociedade discuta as privações de direitos que mulheres pobres sofrem por não poderem comprar absorventes. O principal desafio enfrentado pelo projeto foi encontrar formas para garantir o espaço de troca de saberes sobre as feminilidades, em um momento de pandemia, quando a ordem é manter-se afastados. Foi explorado como possibilidade o ambiente virtual, e então, as ações do projeto foram adaptadas para uma metodologia ancorada nas ferramentas das redes sociais, na comunicação e interação com a comunidade. Foi realizado um questionário onde perguntamos quais os principais limites vivenciados pelas mulheres no período menstrual e diante das respostas, o grupo investigou as questões levantadas, buscou identificar em filmes documentários e bibliografias o que existe já produzido que pudessem oferecer respostas e propostas de novas práticas diante das questões levantadas da pobreza menstrual, as outras violências que as mulheres sofrem no período da menstruação, as questões do impacto ambiental gerado pelos resíduos de absorventes descartáveis e a experiência em utilizar os ecoabsorventes, coletor menstrual como alternativa.