As abelhas nativas sem ferrão (meliponídeos), são seres de considerável importância ambiental que contribuem significativamente na manutenção da biodiversidade, dos ecossistemas e na eficiência das produções agrícolas através da polinização de plantas e culturas garantindo benefícios ambientais e econômicos. O IFRS-Campus Rolante, localiza-se junto a uma ampla área de mata nativa, culturas implantadas e em implantação, apresentando variada flora com potencial meliponícola. Através do levantamento e estudo da flora e das espécies de meliponídeos presentes no Campus, serão adotadas medidas benéficas às abelhas possibilitando a criação de programas de preservação. A pesquisa possui como propósito caracterizar espécies de abelhas nativas encontradas no IFRS-Campus Rolante, com a finalidade de estudar as suas particularidades. Também foi realizado o levantamento da flora meliponícola presente na instituição, objetivando a sua expansão, além da coleta das plantas para elaboração de uma coleção da flora meliponícola (Herbário Botânico). Ainda, nas áreas do Campus, foram distribuídas iscas visando a captura de enxames para implantação de um meliponário científico educativo. Para o desenvolvimento da pesquisa, inicialmente observamos a flora disponível no IFRS Campus Rolante, em diferentes horários do dia, coletando e identificando as abelhas presentes. A flora meliponícola também foi analisada, coletada e identificada. Além disso, realizou-se o mapeamento de locais estratégicos (próximos à mata nativa e flora meliponícola) para implantação de ninhos-iscas. Os ninhos-iscas foram confeccionados manualmente utilizando garrafas pet, sacos plásticos pretos e jornal. As soluções atrativas para as iscas, foram preparadas com álcool, própolis e ceras de abelhas sem ferrão. Realizou-se a verificação da captura e manutenção das iscas, a cada 15 dias. A partir das observações, foram identificadas abelhas da espécie Plebeia droryana (Mirim-droriana) e Tetragonisca angustula (Jataí) coletando néctar e pólen das flores Raphanus sativus (nabo forrageiro) e Vicia sativa (ervilhaca); e a espécie Trigona spinipes (Irapuá) realizando coleta na Rhododendron simsii (azaleia), Dombeya wallichii (astrapéia), Calendula officinalis (calêndula) e Tropaeolum majus (capuchinha). Até o momento, não houve captura de enxames através dos ninhos-iscas. Diante dos resultados apresentados podemos determinar a existência de diferentes espécies de abelhas sem ferrão explorando os recursos florais presentes no Campus. Apesar das crescentes ameaças à vida das abelhas, projetos como esse reforçam a importância do estudo e pesquisa na área, incentivando o desenvolvimento de ações que contribuam para a conscientização, preservação, multiplicação e manutenção da biodiversidade da região.