Tamanho da fonte: 

As parasitoses intestinais têm suma importância para as criações animais no Brasil e no mundo, especialmente quando o assunto é a pecuária, visto que limitam economicamente estas produções. Em geral o controle destas enfermidades se faz unicamente por meio de anti-helmínticos, cuja aplicação, muitas vezes de forma supressiva e inadequada, promove a seleção de cepas resistentes, acarretando maior dificuldade no controle. Com o objetivo de prevenir o produtor quanto à seleção destas cepas nos rebanhos, esta pesquisa teve o intuito de determinar a eficácia das drogas utilizados no controle das verminoses de bovinos leiteiros e equinos naturalmente infectados, das cidades de Rolante, Riozinho e Taquara, RS, por meio do Teste de Redução de OPG e a partir dos resultados obtidos, fornecer ao produtor informações quanto ao correto uso das drogas e assim, subsídios que permitam a implementação de medidas profiláticas. A motivação para a realização da pesquisa, se deu principalmente pelo interesse em contribuir com o bem-estar animal e consequentemente com a possibilidade de otimizar a produção pecuária nas pequenas propriedades locais, promovendo a inserção do Campus Rolante com a comunidade, apresentando propostas de melhorias e técnicas de baixo custo. Para a execução da técnica, primeiramente foi realizado visita para seleção das propriedades, e posteriormente colheita de material fecal. Após a primeira colheita foi realizado a medicação com a droga a ser testada e novamente após 10 dias foi feita a segunda colheita. O teste laboratorial realizado foi a Técnica de Gordon e Witlock (OPG). A determinação da eficácia da droga se deu pela relação percentual entre a OPG da primeira e da segunda colheita. Os resultados encontrados para a espécie equina demonstraram que o princípio ativo Doramectina se mostrou ineficiente em dois testes, assim como a droga Fenbendazole, embora esta tenha apresentado resultados superiores quanto a eficácia. Tais resultados sugerem uma resistência múltipla. Amostras de solo foram colhidas e revelaram contaminantes de vida livre no piquete onde vivem os animais. Com bovinos foram feitas duas colheitas em que, os resultados foram negativos optando pela não utilização da espécie, em diálogo com os produtores foi constatado que o problema na região se dá por outro tipo de verminose. Concluímos que os anti-helmínticos dos grupos químicos lactonas macrociclicas e benzimidazol não teve resultados positivos com equinos, evidente que, os resultados dependem das características de cada rebanho e de seu grau de resistência.

Parasitoses; anti-helmínticos; bovinos; equinos.