O trabalho ao qual se refere esse relato, foi desenvolvido nas aulas de Língua Portuguesa, na turma de segundo ano do curso integrado de Informática, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - IFRS, Campus Rolante. A ideia inicial era a produção textual  de um conto fantástico e tinha como objetivo apresentar aos alunos as características inerentes ao gênero, assim como trabalhar o próprio conceito de gênero textual e suas particularidades (contexto de circulação, público alvo, estrutura). Devido ao altíssimo nível criativo dos textos apresentados pelos alunos e, ainda, no intuito de ampliar a compreensão dos estudantes acerca do conceito de gênero textual, a professora propôs à turma a criação de uma radionovela ou um curta-metragem. Além de escolher o gênero, nessa oportunidade o curta-metragem, os alunos ainda escolheram qual texto gostariam de adaptar. Definidos o gênero e o texto a adaptar, foi realizado um levantamento das necessidades demandadas pela produção audiovisual e a turma foi dividida em equipes para desenvolver os trabalhos envolvendo adaptação de roteiro, elenco, caracterização, filmagem, edição, direção, sonoplastia e publicidade. Esse tipo de trabalho, que envolve a turma como um único grupo, traz experiências enriquecedoras aos envolvidos, tais como: conviver com as diferenças e trabalhar para um objetivo comum; experienciar a linguagem em suas diversas manifestações (oralidade, escrita, linguagem verbal e não verbal); apropriação dos conteúdos estudados. O uso de mídias em sala de aula, segundo especialistas da área, possibilita ao aluno a valorização de sua criatividade e a ampliação de sua percepção do como aprendemos. Ao professor, o legado do uso de mídias no contexto escolar, enriquece sua prática pedagógica e o alinha à necessidade manter essa prática arejada e em consenso com as constantes inovações tecnológicas que permeiam a escola.