Portal de Eventos do IFRS, III Mostra de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFRS Campus Rolante (2018)

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Metodologias ativas de ensino-aprendizagem: o caso da “fábrica de pipas”
Catia Menezes, Dara Galle, Elias Kohlrausch, Suellen da Silva, Getúlio Reale

Última alteração: 30-09-2018

Resumo


Diversos agentes da educação vem clamando por novas metodologias de ensino-aprendizagem que coloquem os educandos no centro do processo e integrem-se as realidades das comunidades e ecossistemas locais. Antigos métodos conteudistas, teóricos e encerrados entre as paredes da sala de aula tornam o processo de formação cada vez menos interessantes e efetivos. Esta realidade é ainda mais contundente na modalidade PROEJA, alunos maiores de 18 anos que por variados motivos e trajetórias de vida precisaram abandonar os estudos. Sendo assim, o projeto consiste na busca por uma forma prática, lúdica, e divertida de se aprender administração e aprender a ensinar, a partir da criação de “fábricas de pipas” com as turmas do curso em Comércio PROEJA do Campus Rolante. Busca-se romper com os métodos tradicionais, construindo uma metodologia ativa de ensino-aprendizagem de administração com base na realidade cognitiva, material e de experiências de vida dos educandos. O objetivos do projeto é criar uma experiência de ensino-aprendizagem mais significativa, interessante, divertida e útil nas suas vidas e para as comunidades onde vivem, fazendo circular e problematizando a administração como prática e área de conhecimento. A metodologia consiste desafiar os educandos e criarem “fábricas de pipas” que deverão produzir pandorgas e “vendê-las”. Forma-se grupos de 4 a 5 colegas por sorteio. O sorteio é proposital para que tenham que trabalhar com pessoas que não conhecem (ou que talvez não gostem) simulando situações reais de trabalho. As fabricas operam em situação de competição para simular uma vivência de mercado, incluindo seus dilemas éticos e morais. Dois “clientes” são designados (pessoas de fora da turma, servidores do IF) pelo educador, e farão a avaliação das pipas dos grupos. Os critérios de avaliação das pipas são técnicos/objetivos (voar e tamanho) e estéticos/subjetivos (bonitas). Cada critério confere pontos por pipa, e as empresas são desafiadas a conseguir o maior número de pontos possível. A fábrica que conseguir mais pontos é a que faz a venda e vence a competição. O educador apresenta conceitos de gestão (processo de gestão – ciclo PDCA, ou as funções administrativas) para que possam utilizar na condução de seus empreendimentos. Quando prontas, as pipas são “vendidas” aos clientes na forma de teste de desempenho, em conjunto com uma apresentação da empresa e marca. Ao final do processo, ocorre a avaliação interna (na turma) dos resultados e dos aprendizados. Segundo a avaliação de educandos e educadores, houve o desenvolvimento da capacidade de trabalhar em equipe, de comprometer-se com a equipe, da organização pessoal e para o trabalho em grupo, do exercício da liderança, do entender a importância de praticar o planejamento, a pesquisa de mercado, a verificação dos resultados, a melhoria dos processos, habilidades de venda, entre outros.

Palavras-chave


Metodologias ativas; realidade do educando; aprendizagem lúdica; Administração; dinâmica das pipas

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