Última alteração: 24-09-2018
Resumo
As helmintoses gastrintestinais constituem o maior e mais grave problema de ordem sanitária da criação de ovinos no Brasil e no Mundo. Conhecer as espécies de vermes presentes em um rebanho, assim como identificar raças ou animais resistentes (“imunes”) ou resilientes (“tolerantes”) às infecções, se faz necessário quando se tem como objetivo o sucesso da criação e o estabelecimento de um controle parasitário eficaz. Tradicionalmente, o controle das verminoses de ovinos se faz pela utilização de drogas químicas, estas responsáveis por grandes avanços na ovinocultura, mas que em função da utilização massiva, vêm demonstrando diminuição na eficácia, promovendo o desenvolvimento de vermes resistentes, especialmente as do verme Haemonchus contortus. Para evitar este problema, investir em metodologias que orientem quando e como medicar os animais é de fundamental importância, daí a necessidade de conhecer, o perfil parasitológico dos rebanhos, assim quem são os animais capazes de resistir ou tolerar as infecções, utilizando-se destes para futuros cruzamentos, perpetuando estas características, que são herdadas geneticamente. A raça Crioula Lanada, que se caracteriza por apresentar grande rusticidade e adaptação ao clima do Sul do Brasil, apresenta maior resistência às infecções pelo H. contortus quando comparados à cordeiros da raça Corriedale e que mesmo parasitados, são capazes, quando bem adaptados ao ambiente, de apresentar boa produtividade em função de sua maior adaptação às condições do meio. O período em que apresentam maior susceptibilidade é o de periparto, quando a fêmea apresenta mudanças no status imunológico, tornando-se suscetível ao aparecimento de sintomas e apresentando uma contagem de ovos por grama de fezes (OPG) maior, possibilitando o aumento da contaminação do ambiente e o risco de infecção do cordeiro.