Portal de Eventos do IFRS, Volume 2, 2018

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Recurso pedagógico inclusivo: a construção de réguas fracionárias para deficientes visuais
Virgínia Pigatto Pereira, Letícia Lozano Bangel, Kelen Berra de Mello

Última alteração: 20-06-2019

Resumo


A oficina “Recurso pedagógico inclusivo: a construção de réguas fracionárias para deficientes visuais” visa articular o ensino de Frações tanto para alunos videntes, quanto para estudantes com baixa visão ou com deficiência visual. Conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Fundamental da área de Matemática, referente ao ano sexto ano,  o aluno deve ter a habilidade de “Compreender, comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros e resultado de divisão, identificando frações equivalentes”. Assim, a oficina tem como objetivo oportunizar aos licenciandos e professores de Matemática, que atuam no Ensino Fundamental, um recurso pedagógico de baixo custo para trabalhar equivalência, soma e subtração de frações. É válido ressaltar que a importância de abordar equivalência de frações se deve a aplicação dela em diversos aspectos, como por exemplo: na relação de ordem, no desenvolvimento dos algoritmos de adição e subtração de frações com denominadores diferentes. (LLINARES; SÁNCHEZ, 1988). Nesse sentido, produziremos doze réguas feitas de palito de churrasco onde cada uma têm medida de 20 cm, sendo que esse tamanho de palito representará sempre uma unidade. Essas réguas serão divididas em dois conjuntos, e a partir disso é possível fazer comparações das unidades e com isso posto será possível realizar as operações básicas da matemática manipulando esse recurso. Além disso, as réguas serão produzidas de maneira que tenham marcações táteis para que as pessoas com alguma deficiência visual ou com baixa visão possam manipulá-las. Vale ressaltar que para as pessoas com alguma deficiência visual, os materiais e recursos têm um papel importante na compreensão dos conteúdos abstratos. Em vista disso, cabe ao professor, conforme Baumel (2003, p.106): “estabelecer um processo de desenvolvimento profissional, caracterizando sua prática pedagógica como inovadora e criativa, baseada no uso e na análise dos materiais e recursos, considerando-os suportes do ensino”. Desse modo, a oficina tem como proposta apresentar um material didático que possibilita aperfeiçoar e agregar a prática docente, além de buscar apresentar uma ferramenta adequada e destinada ao ensino de Matemática para alunos com deficiência visual incluídos nas escolas regulares. A partir disso, esse recurso didático ao ser utilizado nas práticas dentro das salas de aulas, pode permitir que os estudantes tenham uma prática educativa mais dinâmica e ativa, permitindo que tanto o aluno vidente quanto o com alguma deficiência visual faça parte do processo de ensino aprendizagem. Também, cabe dizer que por meio do manuseio das réguas táteis, o estudante vidente, com baixa visão ou com deficiência visual irá obter uma melhor compreensão do conteúdo, já que: “A experimentação permite ainda ao aluno a tomada de dados significativos, com os quais possa verificar ou propor hipóteses explicativas e, preferencialmente, fazer previsões sobre outras experiências não realizadas” (Brasil, 2000, p. 53). Com isso, é esperado que essa oficina apresente a grande influência que os materiais concretos têm em sala de aula, além de ampliar as perspectivas dos participantes, visando produzir aulas que atendam à todos os públicos, salientando que pode-se proporcionar uma educação equitativa para todos.

Palavras-chave: Frações. Educação Inclusiva. Recursos Pedagógicos.


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