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ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE Rubus erythrocladus Mart. ex Hook.f. (AMORA-VERDE) TRATADAS COM AIB
Última alteração: 08-10-2018
Resumo
Os frutos de Rubus erythrocladus Mart. ex Hook.f. (amora-verde) têm coloração verde e sabor agradável chamando a atenção da população regional, bem como, revelaram seu potencial de comercialização junto às demais pequenas frutas. Porém, essa frutífera ainda não foi domesticada e há dúvidas sobre qual é a melhor maneira de propagação desta espécie. O gênero Rubus é pouco utilizado no Brasil, devido à dificuldade de propagação, uma vez que apresenta baixo índice de germinação e existem poucos estudos com estaquia. O presente estudo objetivou avaliar o enraizamento de estacas sob o efeito de ácido indol-3-butírico (AIB). O experimento foi desenvolvido em casa de vegetação no Instituto Federal do Rio Grande do Sul - Campus Sertão, com temperatura e umidade controladas. Posteriormente à coleta, as estacas caulinares foram padronizadas, em tamanhos de 10 cm de comprimento e 7 mm de diâmetro, removendo-se as folhas, com corte horizontal no ápice e em bisel na base. Já as estacas radiculares foram padronizadas com 10 cm de comprimento e 10 mm de diâmetro, sem folhas. As estacas de caules e raízes de R. erythrocladus foram tratadas com diferentes concentrações de AIB (1.000, 2.000, 3.000, 4.000 mg L-1) por 10 segundos, assim como o controle com água destilada. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com fatorial 2x5. As estacas foram mantidas em bandejas plásticas, contendo como substrato uma camada de 15 cm de vermiculita. Em cada bandeja foram mantidas 10 estacas, sendo cinco na posição vertical, enterradas 2/3, e cinco radiculares, enterradas a três centímetros de profundidade. As estacas foram avaliadas semanalmente verificando-se a taxa de sobrevivência e o enraizamento das estacas. Após a segunda semana da implantação do experimento algumas estacas começaram a senescer e decorridos 30 dias do experimento apenas 35% das estacas caulinares submetidas ao AIB mantiveram-se vivas, enquanto na testemunha 85% das estacas davam continuidade no processo de enraizamento. Já na avaliação realizada após 60 dias da montagem do experimento nenhuma das estacas submetidas ao AIB havia sobrevivido e apenas 5% das testemunhas mantiveram-se vivas, mas sem sinais de enraizamento. Com os resultados obtidos pôde-se concluir que o AIB foi fitotóxico para as estacas e o hormônio não deve ser utilizado, pois não favoreceu o enraizamento. Também será realizada a repetição deste experimento em outra época do ano, visto que uma das possíveis causas da falta de enraizamento é a dormência das gemas de crescimento, as quais se encontravam inativas no período em que o experimento foi conduzido. Portanto, há necessidade de aperfeiçoar a técnica de estaquia para R. erythrocladus.
Palavras-chave
AIB, frutos pequenos, PANC
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