Última alteração: 09-10-2018
Resumo
A qualidade do solo é de suma importância para o desenvolvimento das culturas. Os solos brasileiros em sua grande parte apresentam baixa fertilidade, consequentemente alta acidez e teores elevados de alumínio, fatores limitantes para o desenvolvimento do sistema radicular em profundidade, afetando também a disponibilidade de nutrientes. Levando em consideração que o pH do solo pode ser afetado pelo material de origem, precipitação, decomposição da matéria orgânica, vegetação nativa, tipo de cultura e profundidade do solo. Objetivou-se com este estudo avaliar os níveis de pH de diferentes locais de produção agrícola, considerando o histórico de cultivo, manejos adotados na área e as culturas implantas. Para avaliar o pH foram analisadas até o momento 20 amostras de diferentes áreas provenientes dos municípios de Vila Lângaro, Tapejara, Sertão e Água Santa. Em cada gleba foram coletadas 4 subamostras de cada profundidade que foram homogeneizadas resultando em uma amostra significativa de cada profundidade sendo coletadas na linha e entrelinha de semeadura nas profundidades de 0-5, 5-10, 10-15, 15-20 cm levando em consideração a cultura implantada, juntamente com a coleta foi realizado o preenchimento de um questionário o qual visava avaliar o sistema de cultivo, a realização de rotação ou sucessão de culturas, realização ou não de analises físicas e químicas e se são seguidos ou não o manejo recomendado, forma de aplicação de fertilizantes na semeadura de verão e inverno (NPK), utilização de fertilizantes orgânicos, realização de calagem (superfície ou incorporada) em cada área. Até o presente momento foram analisadas amostras provindas de lavouras sob cultivo de aveia preta, aveia ucraniana, azevém e cevada, a totalidade das amostras analisadas são proveniente do sistema de plantio direto, contudo pela insuficiente quantidade de amostras coletadas até o momento ainda não foram obtidos resultados concretos da influência das diferentes formas de manejo no nível de pH do solo, além disso não é possível afirmar até o momento o pH predominante em cada profundidade e cultura. A principal tendência seria uma redução gradual do pH em profundidade devido na maioria dos casos o calcário aplicado não ser incorporado, tendo assim uma ação mais superficial que ocasiona aumento da acidez em profundidade, dificultando a expansão do sistema radicular das plantas ocasionando uma menor tolerância das mesmas a seca, além disso indisponibilizando alguns nutrientes como o potássio, cálcio, magnésio, molibdênio, cloro, dentre outros essenciais para as funções vitais da maioria das culturas cultivadas comercialmente, pois o pico de maior disponibilidade da maioria dos nutrientes ocorre na faixa de pH entre 6 a 7.