Última alteração: 09-10-2018
Resumo
Em função da competitividade e das margens de lucro no mercado de carne, lã e leite, tornou-se necessário utilização de animais com alto valor genético utilizando-os de forma racional para o melhoramento genético de rebanhos comerciais, entendimento exigências do mercado consumidor. O objetivo do presente trabalho foi capacitar os alunos do IFRS – Campus Sertão para as diferentes formas de coleta de sêmen em carneiros e, formas de armazenamento e diluição para serem utilizadas em fêmeas aptas a reprodução, através da técnica da inseminação artificial (IA). A partir do momento em que o macho é totalmente viável, utiliza-se dois métodos para o procedimento da coleta de sêmen: com o uso de eletroejaculador ou vagina artificial. O uso do eletroejaculador é algo mais estressante e dolorido pro animal, pois a sonda elétrica bipolar de baixa voltagem, é inserida no reto do animal por 2 a 4 segundos com intervalos de 10 a 20 segundos até que ocorra a ejaculação. Já com a vagina artificial o processo semelha-se muito com a monta natural e para isso, o macho deve ser treinado para se acostumar com a presença das pessoas e manipulação do seu trato reprodutivo. A vagina artificial consiste em um tubo de 20 a 25 centímetros de comprimento e de 5 a 7 centímetros de diâmetro. A parte interna da vagina é borracha, devendo ser lubrificada e com temperatura de 42° a 46°C para imitar as condições de temperatura e pressão da vagina da ovelha e, em sua extremidade haverá um tubo coletor que deverá estar a 37°C para evitar o choque térmico e morte dos espermatozoides. Após a coleta o sêmen sua viabilidade é avaliada em função de: volume (varia de 0,5 a 2,0 mililitros); cor (branca); aspecto (varia de leitoso a cremoso); e concentração que é determinada pela de espermatozoides presentes em cada mililitro de sêmen. O normal é de três bilhões de espermatozoides por mililitro e a necessidade utilizada para o processo de IA é de 20 milhões, e assim inseminar até 60 ovelhas com um ejaculado. Para melhor manipular o sêmen pode-se diluir em até 9 ml de diluente. O uso somente de reprodutores provados é uma opção correta, mas no futuro bem próximo a escolha será pelo mapa genético (DNA). Enquanto isso, utiliza-se sêmen de carneiros provados aumentando consequentemente a produção e a rentabilidade desta atividade. Resultados parciais do projeto foram obtido em setembro de 2018, com a realização do primeiro curso de capacitação de alunos do IFRS – Campus Sertão para a técnica da IA em ovinos, onde os mesmos foram treinados para aplica-la em rebanhos comerciais. Espera-se desta forma contribuir para um maior aprendizado de nosso alunado tendo consequentemente reflexos positivos para a eficiência produtiva e rentabilidade econômica desta atividade.