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Análise de compostos fenólicos em Handroanthus albus, presentes no IFRS - campus Sertão
Hévilin Corrêa dos Santos, Carla Alves, Carolina dos Santos Binda, Denise Bilibio

Última alteração: 17-10-2024

Resumo


O Handroanthus albus, conhecido popularmente como ipê amarelo, é uma espécie nativa da flora brasileira muito conhecida por sua beleza e ampla distribuição em todas as regiões do Brasil. Na medicina popular, o ipê é utilizado como paliativo no tratamento de úlceras, problemas gastrointestinais, câncer, diabetes, além do uso como diurético por possuir em sua composição flavonoides, taninos, quinonas e naftoquinonas onde se destacam os flavonoides, que são conhecidos por suas propriedades antioxidantes e atividade antimicrobiana. O presente trabalho teve como objetivo realizar a quantificação dos flavonoides e fenóis totais nas frações: flores, caules (parte interna e externa) e folhas dos ipês presentes no IFRS - campus Sertão. Foram coletadas 15 amostras de H. albus, em diferentes pontos dentro do Campus Sertão, para garantir a variação das condições ambientais. As amostras de caules e folhas foram secas em estufa de circulação de ar (55°C por 72 horas) e em seguida foram trituradas em moinho tipo ciclone. As amostras de flores foram maceradas utilizando nitrogênio líquido. Foram preparados extratos etanólicos de todas as amostras tendo como solvente etanol 70%, nas concentrações  de 25mg/mL para as flores, 12,5 mg/mL  para os caules e 10 mg/mL para as folhas, após foram colocados em banho de ultrassom por uma hora e posteriormente filtrados. A análise de fenóis totais foi fundamentada no método de Folin-Ciocalteau com leitura em espectrofotômetro UV-Vis (760nm), e os resultados expressos em micrograma por mL (ug/mL) de ácido gálico equivalente (AGE). A quantificação de flavonoides totais baseou-se em uma curva padrão de catequina, com leitura espectrofotométrica (510 nm), sendo os resultados expressos em micrograma (ug) de catequina equivalente (CE) por mL (ug/mL). As concentrações obtidas de ácido gálico equivalente nas  flores foi de  41,785 ug/mL de AGE, no caule interno e externo foram obtidos os valores de 67,072 ug/mL de AGE e 23,512 ug/mL de AGE, respectivamente. E nas folhas obteve-se 12,664 ug/mL de AGE. As quantificações de flavonoides nas frações, obteve-se as concentrações de  13,630 ug/mL de AGE, nas flores. No caule interno 15,812 ug/mL de AGE, e externo 13,615 ug/mL de AGE. E as folhas 25,116 ug/mL. Desta forma, apesar da presença desses compostos com possível propriedade antioxidante, destaca-se a necessidade de continuidade dos estudos, para comprovação desta. Também é fundamental o mapeamento e identificação das árvores, além da implantação da técnica de propagação in vitro, para produção de mudas.

Palavras-chave


Ipê; Fenóis; Flavonoides