Última alteração: 17-10-2024
Resumo
O capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) é uma planta forrageira estratégica nos sistemas de produção pecuário por proporcionar elevadas produções de forragem, em alguns casos superando a 30 tonelada de matéria seca por hectare/ano. Essa forragem, se for produzida considerando premissas de estrutura de dossel forrageiro no sistema de produção para a elevada produção de folha, pode representar elevada produção de leite e peso corporal por unidade de área. A eficiência alimentar nesses casos pode chegar a 1,5 a 2,0 kg de leite produzido por kg de forragem. O projeto tem origem em um trabalho iniciado em 1970 pela Embrapa em MG, com seleção em mais de 300 materiais e que, na década de 1980, persistiram 10% desses materiais que apresentaram respostas superiores foram distribuídas pelos estados brasileiros. No RS, mais especificamente na UFSM chegaram 27 materiais que foram submetidos a protocolos de avaliação e selecionaram três materiais e uma testemunha. Nos anos de 1990 a 2005 esses materiais foram avaliados sobre condições de pastejo em uma área de quatro hectares, onde o CV. Merckeron Pinda obteve resposta superior. Em 2018 réplicas do cultivar foi implantado em área experimental do IFRS Campus Sertão com o propósito de demonstrar a oportunidade de forrageamento de rebanho sob pastejo com lotação rotacionada. As respostas no laboratório a campo com o Merckeron Pinda tem sido apresentada a estudantes de Curso Técnicos, de Graduação e Pós-graduação, a professores, técnicos e agricultores(as) e comprovando ser uma alternativa de forrageamento que se estende da primavera ao outono para elevada taxa de lotação e o desempenho por animal. Dessa forma o projeto permite mostrar aos produtores rurais e a comunidade acadêmica o potencial de produção com elevada taxa de lotação e o desempenho por animal, o projeto também foi demonstrado para um grupo de agricultoras de assentamentos da reforma agrária, explicando sobre como manejar a cultura, como implantar a cultura, como fazer o preparo adequado das mudas, alturas de entrada e saída para pastejo, técnicas de conservação de forragem entre outros manejos. A estratégia de altura de dossel entre 80 e 100 cm para início do pastejo e término com resíduo entre 30 e 40 cm tem permitido a produção de forragem com elevada participação de lâmina foliar, ou seja elevado valor nutricional e aceitação pelos animais,o que garante a possibilidade de pastejos que se estendam da primavera ao outono.