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Dialogando com a comunidade acadêmica e agricultores sobre pastejo rotacionado com Capim elefante no IFRS Câmpus Sertão
Fabrício Broch, Jorge Nunes Portela, João Vitor de Oliveira Piccinini, Jonas Cassanego Kern, Elisabete De Marco, Paulo Henrique Barp, Hernani Alessandro Dill, Isabela Figueira dos Santos

Última alteração: 17-10-2024

Resumo


O capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) é uma planta forrageira estratégica nos sistemas de produção pecuário por proporcionar elevadas produções de forragem, em alguns casos superando a 30 tonelada de matéria seca por hectare/ano. Essa forragem, se for produzida considerando premissas de estrutura de dossel forrageiro no sistema de produção para a elevada produção de folha, pode representar elevada produção de leite e peso corporal por unidade de área. A eficiência alimentar nesses casos pode chegar a 1,5 a 2,0 kg de leite produzido por kg de forragem. O projeto tem origem em um trabalho iniciado em 1970 pela Embrapa em MG, com seleção em mais de 300 materiais e que, na década de 1980, persistiram 10% desses materiais que apresentaram respostas superiores foram distribuídas pelos estados brasileiros. No RS, mais especificamente na UFSM chegaram 27 materiais que foram submetidos a protocolos de avaliação e selecionaram três materiais e uma testemunha. Nos anos de 1990 a 2005 esses materiais foram avaliados sobre condições de pastejo em uma área de quatro hectares, onde o CV. Merckeron Pinda obteve resposta superior. Em 2018 réplicas do cultivar foi implantado em área experimental do IFRS Campus Sertão com o propósito de demonstrar a oportunidade de forrageamento de rebanho sob pastejo com lotação rotacionada. As respostas no laboratório a campo com o Merckeron Pinda tem sido apresentada a estudantes de Curso Técnicos, de Graduação e Pós-graduação, a professores, técnicos e agricultores(as) e comprovando ser uma alternativa de forrageamento que se estende da primavera ao outono para elevada taxa de lotação e o desempenho por animal. Dessa forma o projeto permite mostrar aos produtores rurais e a comunidade acadêmica o potencial de produção com elevada taxa de lotação e o desempenho por animal, o projeto também foi demonstrado para um grupo de agricultoras de assentamentos da reforma agrária, explicando sobre como manejar a cultura, como implantar a cultura, como fazer o preparo adequado das mudas, alturas de entrada e saída para pastejo, técnicas de conservação de forragem entre outros manejos. A estratégia de altura de dossel entre 80 e 100 cm para início do pastejo e término com resíduo entre 30 e 40 cm tem permitido a produção de forragem com elevada participação de lâmina foliar, ou seja elevado valor nutricional e aceitação pelos animais,o que garante a possibilidade de pastejos que se estendam da primavera ao outono.


Palavras-chave


Pastagem; Produtividade; Fomento.