Última alteração: 17-10-2024
Resumo
A contaminação por metais pesados representa uma ameaça crescente à biodiversidade. O alumínio (Al), um dos elementos químicos mais abundantes na crosta terrestre, devido às suas propriedades desejáveis, é amplamente utilizado em diversas áreas, resultando em um grande acúmulo de resíduos. Estudos indicam que o Al tem potencial neurotóxico e está potencialmente associado ao surgimento de condições patológicas neurodegenerativas. A exposição ao Al pode ter diversos efeitos fisiológicos e bioquímicos no indivíduo, entre essas alterações, podemos ter distúrbios no sistema antioxidante, enzimático e na formação de radicais livres. Para investigar essas alterações, e os efeitos persistentes e transgeracionais desse metal, o projeto busca analisar como o Al pode afetar distintas fases da vida do organismo modelo C. elegans, e se pode acelerar a progressão de doenças. Com esse objetivo expomos de maneira transgeracional os nematoides com os seguintes tratamentos: controle (água), Al 5.5 mg/L, 8 mg/L e 10.5 mg/L. A cepa de C. elegans utilizada foi N2 (tipo selvagem), mantida em meio de crescimento de nematóides (NGM) e alimentada com Escherichia coli (OP50) a 20 °C. Vermes sincronizados e em estágio L1 foram expostos aos tratamentos por 20h. Ao atingirem a fase adulta com ovos, eles foram lavados e sincronizados, os ovos resultantes (F1) eclodiram em tampão M9 a 20 °C, e ao atingirem o estágio de vida L1, os indivíduos F1 foram colocados em NGM com E. coli até atingir o estágio L4. Neste trabalho avaliamos os efeitos da exposição ao Al na peroxidação lipídica, utilizando a técnica de TBARS. Os resultados preliminares mostraram que não ocorreram alterações significativas entre o controle e as doses de Al. Esses resultados combinados com as avaliações comportamentais do verme e análises das enzimas, catalase, superóxido e glutationa, nos mostrarão de uma forma ampla os efeitos tóxicos do Al. Esses resultados preliminares podem evidenciar os efeitos da exposição parental e embrionária nas gerações futuras, mostrando a relevância de estudos transgeracionais e persistentes.