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Atividades práticas e lúdicas no jardim sensorial do IFRS − Campus Sertão
Júlia Pereira Palmeira, Juliana Marcia Rogalski, Lucas Rafael Vargas Grevenhagen, Joana Witória Serro Negri, Mayara De Carli, Fabiane Rugiski

Última alteração: 17-10-2024

Resumo


Os jardins sensoriais são espaços projetados para estimular os sentidos do corpo humano, favorecendo a consciência corporal. O objetivo deste estudo foi utilizar o jardim sensorial para estimular os sentidos do corpo humano e promover a inclusão social. O público-alvo deste estudo incluiu escolas e instituições públicas do Norte do Rio Grande do Sul, com foco em pessoas com necessidades especiais e/ou em situação de vulnerabilidade social. O jardim sensorial, localizado na sede do Jardim Sensorial e Abelhas Nativas, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul - Campus Sertão, foi confeccionado em local plano, com espaço de circulação e floreiras a 1,3 metros de altura, visando à acessibilidade de pessoas com necessidades especiais. O espaço foi dividido em cinco setores (visão, tato, olfato, paladar e audição). No setor visão, foram utilizadas plantas coloridas, como gazânia, gerânios e kalanchoe. O setor paladar contou com ervas, como manjericão, poejo, planta-stevia, salsa, hortelã e orégano. O setor tato permitiu a interação com materiais naturais (pedras, cascas de árvores) e plantas de diversas texturas (pata-de-elefante, espada-de-são-jorge, aspargo, suculentas, peixinho e moreia). No setor olfato foram utilizadas ervas aromáticas, como alecrim, planta-knorr, sálvia, manjerona, cebolinha e lavanda. No setor audição sinos do vento e fonte d'água, criaram um ambiente relaxante. Na trilha sensorial, os participantes vendados caminharam sobre diferentes materiais (grama, argila expandida, pedras, cascas de árvores e folhas secas), identificando diferentes texturas com o tato dos pés. No jogo de tabuleiro foram aplicadas questões referentes ao jardim sensorial, buscando fixar o conteúdo de forma lúdica. Na caixa sensorial (tato), os participantes identificaram, somente com o tato das mãos, os materiais naturais. Nas caixas sensoriais (olfato e paladar) os participantes vendados reconheceram plantas somente pelo olfato ou paladar. Utilizando a técnica de decalque, folhas coletadas no jardim foram transferidas para papel (A4), com lápis (6B), destacando suas formas e nervuras. No jogo das argolas foram desenvolvidas a visão e a coordenação motora. No jogo da memória foram formados pares entre o nome e a imagem das plantas nativas. Os resultados indicaram que as experiências promoveram a consciência corporal, o desenvolvimento dos sentidos e a conexão com a natureza. Desta maneira, pode-se concluir que os jardins sensoriais são espaços de ensino não formal, capazes de promover o bem-estar, a aprendizagem e a inclusão social por meio de abordagens lúdicas e interativas.


Palavras-chave


Aproximação da natureza; Consciência corporal; Educação Inclusiva.