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Quantificação dos compostos fenólicos e da atividade antioxidante dos frutos e folhas de Passiflora elegans Mast. (Passifloraceae)
Rafael Loreto Sinhor, Juliana Marcia Rogalski, Talissa Baroni, Maísa Naeher, Angela Julia Dorn, Eduardo Bedin Pasquetti, Fabricio de Paz, Samara Assunção Antunes, Lucas Gaspar Kummer, Denise Bilibio

Última alteração: 17-10-2024

Resumo


A liana Passiflora elegans Mast. (maracujá-de-estalo), nativa do Brasil, apresenta potencial alimentício, ornamental e medicinal. Algumas plantas possuem atividade antioxidante, inibindo radicais livres e prevenindo doenças. Este estudo objetivou quantificar compostos fenólicos totais e avaliar a capacidade antioxidante dos frutos e folhas de P. elegans, por meio da avaliação do sequestro dos radicais livres 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH) e 2,2-azinobis (3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico − ABTS). Para as análises, utilizou-se a polpa com sementes, sendo parte da amostra coletada no dia da análise e outra congelada por 15 dias. As folhas e o pericarpo dos frutos foram secos em estufa (40°C; 44h) e triturados. Os extratos foram preparados em triplicata com etanol (70%). A capacidade antioxidante foi determinada pelo sequestro dos radicais livres DPPH e ABTS, expressa em porcentagem de inibição (%). Os flavonoides totais foram quantificados a partir da curva de catequina e expressos em grama de catequina equivalente (CE), para 100 g de amostra. Os fenóis totais foram determinados pelo método de Folin-Ciocalteau e expressos em grama de ácido gálico equivalente (AGE), para 100 g de amostra. Para ABTS, a inibição média foi de 59,6 ± 0,001% para polpa congelada, 58,6 ± 0,007% para polpa fresca, 78,32 ± 0,037% para pericarpo e 59,31 ± 1,4% para folhas. Em relação a DPPH, a média foi de 77,78 ± 0,03% em polpa congelada, 70,73 ± 0,06% em polpa fresca, 47,94 ± 0,02% no pericarpo e 85,5 ± 0,4% nas folhas. Em média, os frutos apresentaram: pericarpo 0,28 g de AGE e 0,055 g de CE; polpa congelada 0,06 g de AGE e 0,02 g de CE; polpa fresca 0,05 g de AGE e 0,015 g de CE. As folhas mostraram, em média, 2,18 g de AGE e 0,78 g de CE. Os resultados indicaram que a polpa in natura de P. elegans apresenta maiores quantidades de compostos fenólicos que P. setacea (0,014 g de AGE), P. tenuifila (0,013 g de AGE) e P. edulis (0,034 g de AGE; 0,013 g de CE). As folhas de mostraram menores quantidades que P. suberosa (4,83 a 29,09 g de AGE) e P. alata (3,47 g de AGE). Para atividade antioxidante, a polpa in natura teve valores superiores a P. edulis (ABTS 17,77%; DPPH 27,93%) e similares a P. ligularis (ABTS 57,60%; DPPH 59,30%). Nas folhas, os valores foram maiores que em P. alata (ABTS 7,67 a 17,99%; DPPH 18,44%). Portanto, P. elegans é promissora para fins medicinais.

Palavras-chave


maracujá-de-estalo; PANC; potencial medicinal