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Práticas ativas no ensino de biologia: experiências no jardim sensorial do IFRS - Campus Sertão
Joana Witória Serro Negri, Juliana Márcia Rogalski, Júlia Pereira Palmeira, Lucas Rafael Vargas Grevenhagem, Mayara de Carli, Fabiane Rugiski

Última alteração: 16-10-2024

Resumo


O presente projeto teve como objeto o uso do jardim sensorial no ensino de Biologia, com o intuito de suprir a escassez de atividades de campo em práticas pedagógicas, buscando ampliar a compreensão dos alunos sobre o conteúdo biológico. O objetivo foi promover o aprendizado de conceitos biológicos por meio de atividades práticas e lúdicas, estimulando os sentidos e a interação com a natureza. A base teórica deste estudo fundamenta-se em abordagens ativas de ensino e na educação ambiental, que defendem que o aprendizado é mais eficaz quando os alunos se envolvem diretamente com o conteúdo. A metodologia consistiu em atividades realizadas no jardim sensorial do IFRS – Campus Sertão, envolvendo alunos do ensino médio e superior. O jardim foi organizado em setores que estimulavam os cinco sentidos: tato, visão, olfato, paladar e audição. Foram implantadas colmeias de abelhas nativas Tetragonisca angustula Latreille, 1811 (jataí) e Melipona quadrifasciata Lepeleiter, 1836 (mandaçaia); e um hotel para abelhas solitárias.  Os estudantes exploraram componentes bióticos (plantas, insetos e pássaros) e abióticos (água, radiação solar, elementos atmosféricos, sais minerais e rochas), comunidades e ecossistema. Foram realizadas diversas atividades, como trilha sensorial, onde os estudantes, vendados, caminharam sobre diferentes superfícies (grama, argila expandida, pedras, cascas de árvores e folhas secas), identificando diferentes texturas com o tato dos pés. Na caixa sensorial (tato), os alunos deveriam identificar, apenas com o tato das mãos, os materiais naturais. Nas caixas sensoriais (olfato e paladar), os estudantes reconheceram plantas somente pelo olfato ou paladar. Utilizando a técnica de decalque, folhas coletadas no jardim foram transferidas para papel (A4), com lápis (6B), destacando suas formas e nervuras. O jogo de tabuleiro continha questões referentes ao jardim sensorial, buscando fixá-las de forma lúdica. No jogo de argolas, foram desenvolvidas a visão e a coordenação motora. No jogo da memória, foram formados pares entre o nome e a imagem das plantas nativas. Os resultados mostraram que as atividades não só melhoraram a compreensão dos conceitos biológicos pelos alunos, como também fortaleceram o desenvolvimento sensorial e motor, promovendo uma conexão maior com a natureza e aumentando a conscientização ambiental dos participantes.



Palavras-chave


Práticas ativas; Ensino de Biologia; Desenvolvimento sensorial.