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Conhecendo a espécie Passiflora elegans (maracujá-de-estalo): biometria de frutos e sementes, análises de potencial fenólico e antioxidante
Maísa Naeher, Juliana Marcia Rogalski, Talissa Baroni, Rafael Loreto Sinhor, Angela Julia Dorn, Fabrício Fiebig de Paz, Eduardo Bedin Pasquetti, Samara Assunção Antunes, Lucas Gaspar Kummer

Última alteração: 16-10-2024

Resumo


A liana Passiflora elegans Mast. (maracujá-de-estalo) é nativa do Brasil e apresenta potencial alimentício, medicinal e ornamental. Apesar disso, praticamente não existem informações na literatura sobre essa planta. Este estudo objetivou avaliar a biometria dos frutos e sementes, quantificar o potencial antioxidante, os parâmetros físico-químicos e compostos fenólicos de P. elegans. Foram determinadas massa e biometria dos frutos e sementes, com auxílio de balança de precisão e paquímetro digital, respectivamente. Os flavonoides foram determinados a partir da curva de catequina e os resultados expressos em grama (g) de catequina equivalente (CE) e os fenóis pelo método Folin-Ciocalteau e os resultados expressos em grama de ácido gálico equivalente (AGE), ambos em 100 g de amostra. O potencial antioxidante foi quantificado pelo sequestro dos radicais DPPH e ABTS e os resultados expressos em porcentagem de inibição (%). A acidez total titulável (ATT) foi avaliada por titulação (NaOH), o pH com leitor de bancada e os sólidos solúveis totais (SST) em refratômetro portátil. O diâmetro médio dos frutos foi de 29,3 ± 3,2 mm e o comprimento médio foi de 28,3 ± 2,6 mm. A massa média foi de 8,6 ± 2,7 g para frutos; 2,8 ± 0,9 g para pericarpo; 5,1 ± 1,8 g para polpa; 2,7 ± 2,0 g para polpa com as sementes; e 0,7 ± 0,2 g para sementes. O número de sementes por fruto foi 66 ± 22,9. As sementes apresentaram valores médios de: 4,29 ± 0,04 mm para comprimento; 2,95 ± 0,03 mm para largura; e 1,69 para espessura de ± 0,02 mm; e 0,01 ± 0,0004 g para massa. Em média, o pH dos frutos foi de 3,8, a ATT de 23%, e 19,1% de açúcares, indicando que os frutos são doces e ácidos. Quanto aos flavonoides, o pericarpo apresentou 0,055 g, a polpa 0,015 g, e as folhas apresentaram 0,78 g. Em relação aos fenóis, o pericarpo apresentou 0,28 g, a polpa 0,05 g, e as folhas apresentaram 2,18 g. Para DPPH, a inibição do radical foi de 85,5 ± 0,4% para folhas, 70,73 ± 0,06% para polpa e 47,94 ± 0,02% para pericarpo. Para ABTS, a inibição do radical foi de 59,31 ± 1,4% para folhas, 58,6 ± 0,007% para polpa e 78,32 ± 0,037% para pericarpo. Os pequenos frutos são ácidos e doces, a quantidade de compostos fenólicos em P. elegans pode ser considerada média nas folhas e baixa nos frutos, ambos com grande potencial antioxidante, podendo ser utilizados para fins alimentícios e medicinais.


Palavras-chave


Espécie nativa; Pequeno fruto; Potencial medicinal.