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Construindo saberes sobre pastejo com lotação rotacionada em Capim elefante no IFRS.
Isabela Figueira dos Santos, Jorge Nunes Portela, Elisabete De Marco, Thalles Sampaio Cabral, Paulo Henrique Barp, Hernani Alessandro Dill, João Vitor De Oliveira Piccinini, Fabrício Broch, Jonas Cassanego Kern

Última alteração: 15-10-2024

Resumo


O capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum) é uma planta forrageira estratégica nos sistemas de produção pecuário por proporcionar elevadas produções de forragem, em alguns casos superando a 30 tonelada de matéria seca por hectare/ano. Essa forragem, se for produzida considerando premissas de estrutura de dossel forrageiro no sistema para a elevada produção de folha, pode representar elevada produção de leite e maior ganho de peso por unidade de área. A eficiência alimentar nesses casos pode chegar a 1,5 a 2,0 kg de leite produzido por kg de forragem. O projeto iniciou em 1970 pela Embrapa em MG, com seleção em mais de 300 materiais e que, na década de 1980, persistiram 10% desses materiais que apresentaram respostas superiores, foram distribuídas pelos estados brasileiros. No RS, mais especificamente na UFSM chegaram 27 materiais que foram submetidas a avaliações e selecionadas três materiais e uma testemunha. Nos anos de 1990 a 2005 esses materiais foram avaliados sobre condições de pastejo em uma área de quatro hectares, onde o cv. Merckeron Pinda obteve resposta superior. Em 2018 réplicas do cultivar foi implantado em área experimental do IFRS Campus-Sertão para demonstrar a oportunidade de forrageamento de rebanho de 16 animais em lactação sob pastejo com lotação rotacionada sem definição de tempo de entrada e saída, com quatro piquetes com de 800 m2. As respostas no laboratório a campo com o Merckeron Pinda têm sido apresentadas a estudantes de Curso Técnicos, de Graduação e Pós-graduação, a professores, técnicos e agricultores(as) e comprovando ser uma alternativa de forrageamento, que se estende da primavera ao outono para elevada taxa de lotação e desempenho por animal. Assim, o projeto permite mostrar aos produtores rurais e a comunidade acadêmica o potencial de produção com  elevada  taxa de lotação e o desempenho por animal. Outra característica é o aproveitamento da área agrícola, no momento do ano em que a terra é muito demandada para a produção de milho e soja nas unidades de produção pecuária (UPA) da região. A estratégia de altura de dossel entre 80 e 100 cm para início do pastejo e término com resíduo entre 30 e 40 cm tem permitido a produção de forragem com elevada participação de lâmina foliar, ou seja, elevado valor nutricional e aceitação pelos animais. Uma demanda do projeto passa por aumentar os momentos de diálogo com agricultores(as) e comunidade do IFRS Campus-Sertão sobre essa nova leitura da cultivar de capim-elefante, como peça para o planejamento forrageiro, que garante a possibilidade de pastejos que se estendam da primavera ao outono.


Palavras-chave


Pastagem; Produtividade; Estratégia.