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Digestibilidade in vitro de cultivares de Azevém perene, Dátilo e Festuca sob desfolhação intermitente na região do Planalto Médio do Rio Grande do Sul
Graziele Laís Garmatz, Juliana dos Santos

Última alteração: 17-10-2024

Resumo


O desafio de produção de forragens como oferta de pastagens para a produção animal na Região Sul do Brasil, principalmente em períodos de variações térmicas bem como em épocas de escassez hídrica, se torna primordial a realização de um planejamento forrageiro, usando metodologias eficientes para produção de forragem principalmente nesses períodos que se caracterizam como vazios forrageiros de outono/inverno e primavera/verão. O objetivo visa a oferta de forragens em quantidade e qualidade de maneira mais sustentável durante esses períodos de transições e permitindo alcançar metas intensivas no desempenho do rebanho. Para tanto, as cultivares escolhidas devem responder a essas variações térmicas e ter um bom percentual de produção, nesse aspecto, as gramíneas perenes de clima temperado podem possibilitar o forrageamento, entregando indicadores de qualidade. Em formulações de dietas o uso de metodologias que proporcionam obter dados de qualidade e eficiência do alimento para o animal são cada vez mais necessários. Sendo assim, o projeto propôs avaliar a digestibilidade in vitro de cultivares de Azevém perene, Dátilo e Festuca sob desfolhação intermitente na região do Planalto Médio do RS. O mesmo está sendo conduzido na área agrícola experimental pertencente ao IFRS-Campus Sertão, sendo os tratamentos compostos por três espécies forrageiras como Azevém perene (Lolium perenne), Dátilo (Dactylis glomerata) e Festuca (Festuca arundinacea Schreb) distribuídos em um delineamento inteiramente casualizados, com quatro repetições. A altura de dossel foi monitorada a cada três dias e os pastejos realizados por bovinos leiteiros tendo como critério 25 cm para o início e 8 cm o término (resíduo). A composição bromatológica foi realizada e a digestibilidade in vitro será obtida com o uso de incubadora artificial, desenvolvido pela TECNAL®. Os dados serão analisados no programa estatístico AgroR, por meio da análise de variância e ajustados para o teste Tukey (5%). Quanto à composição bromatológica, não houve diferença significativa (p>0,05) para os teores de matéria seca (MS) entre os tratamentos e nos ciclos de pastejo, apresentando média de 9.53%. Na análise de fibra em detergente neutro (FDN) houve diferença significativa (p<0,05) entre os tratamentos, sendo que a cultivar festuca obteve o menor valor (53,39%) quando comparado ao dátilo (58,93%). Com base nos resultados de MS e FDN, a cultivar festuca mostrou melhor valor nutricional.


Palavras-chave


Composição Bromatológica, Forrageiras de Inverno, Valor Nutritivo