Fungos na agricultura podem ser tanto patogênicos quanto benéficos, desempenhando um papel crucial na sanidade das plantas. Vários microrganismos podem provocar danos consideráveis ​​às plantas, empregando estratégias de ataque e mecanismos de sobrevivência. Entender o comportamento desses seres no dia a dia e sua manifestação possibilita uma identificação e controle mais assertivos. Com o armazenamento destes, podemos evidenciar as características estruturais dos agentes patogênicos, bem como as lesões no hospedeiro. O objetivo deste projeto foi coletar, organizar e armazenar fitopatógenos encontrados no município de Sertão/RS, fornecendo materiais para uso em sala de aula, demonstrando a parte prática e métodos laboratoriais. Essa iniciativa busca interligar a teoria abordada em sala com a prática de campo, oferecendo aos estudantes uma experiência completa nas disciplinas de Microbiologia Agrícola, Fitopatologia, Controle de Doenças e Controle de Pragas no curso de Agronomia, e na disciplina de Defesa Sanitária Vegetal para os Curso Técnico em Agropecuária Integrado e Subsequente ao Ensino Médio. Para utilização, realiza-se uma identificação inicial precisa, seguindo processos de coleta, isolamento e conservação das espécies. O processo de armazenamento e multiplicação de fungos ocorre em câmaras BOD, com temperatura controlada para prolongar a viabilidade do material ou acelerar seu processo de desenvolvimento para resultados rápidos. Amostras de tecidos de plantas contaminadas são armazenados em resina epóxi ou glicerina pura visando manter os sintomas visíveis, demonstrando ao aluno características de sintoma e sinal no hospedeiro. Os materiais são armazenados no Laboratório Integrado de Nematologia, Fitopatologia e Entomologia do campus Sertão. No projeto, foi elaborado material para o uso em sala de aula e desenvolvimento de trabalhos avaliativos pelos alunos. Neste período, foram preparados meios de cultura (Batata Dextrose Ágar – BDA) para utilização em aulas práticas de multiplicação de fungos e outras atividades relacionadas à disciplina de Microbiologia Agrícola. A conservação das espécies microbiológicas foi mantida ao longo de todo o projeto, destacando os seguintes fungos: mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum), carvão da aveia (Ustilago avenae), giberela em trigo (Gibberella zeae), ferrugem da folha da aveia (Puccinia coronata f. sp. avenae) e fungos benéficos como Baccillus subtilis, Baccilus amyloliquefasciens,  Isaria fumosorosea, Beauveria bassiana e Trichoderma sp. Este projeto desempenhou um papel importante no aprendizado dos estudantes, oferecendo uma experiência prática e visual. Além disso, o projeto fomenta o entendimento sobre a detecção e controle de fitopatógenos, seja biológica ou química, nas atividades agrícolas.