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Agroecologia, educação ambiental e quintais produtivos como provedores da autossustentabilidade
Gabriela Betina Dos Santos, João Carlos Ruszczyk, Endrio Nunes Pagotto, Gabriela Cristina Lins Supertti, Luana Nickhorn, Manuella Dos Santos Villanova, Thaemy Ribeiro Dos Santos

Última alteração: 15-10-2024

Resumo


O Projeto de Extensão “Agroecologia, Educação Ambiental e Quintais Produtivos”, desenvolvido na Comunidade Quilombola da Arvinha/Sertão-RS traz consigo singularidades culturais, e desafios. A implantação ocorreu após diálogos com o Projeto de Ensino e Extensão realizados no Campus Sertão e na comunidade Guarani Tekoa Arandu Verá em Erebango-RS, e dos contatos atores como CAPA, CETAP, e CARITAS, possibilitando a construção conjunta de saberes entre a cultura institucional e as populações tradicionais, na perspectiva da autossustentabilidade (pensada como autonomia e geração de renda). O objetivo central é construir este processo a partir de uma visão dialógica, dialética referenciada nos conceitos de sustentabilidade, segurança alimentar e recomposição ambiental, paralelamente como um espaço de sociabilidade. As atividades incluem o adensamento de um quintal produtivo de frutíferas e madeira nativas, produção e integração da comunidade (mesmo que individualmente nas famílias), para tal são realizadas reuniões de formação, planejamento e acompanhamento dos quintais produtivos, e apostando no trabalho coletivo. A organização dos sistemas é gerenciada pelo multicultivo adensado onde são plantadas diferentes espécies nativas com vários estratos de crescimento e ciclos de vida, utilizando-se de análises de solo, observação de plantas bioindicadoras e o uso de adubação verde. A sucessão vegetal e o uso de plantas indicadoras contribuem para uma maior interação entre o solo e as culturas, proporcionando um ambiente resiliente e favorável à biodiversidade. As reuniões mensais e discussões temáticas com base científica possibilitam a ampliação do conhecimento e o desenvolvimento de estratégias adaptadas à realidade local, possibilitando constatar que a implementação dos quintais produtivos gerou impactos no empoderamento da comunidade e na recuperação ambiental da área, além de segurança alimentar e econômica, sabendo que os frutos, madeiras e flores podem ser comercializados de diversas formas, até mesmo como produtos de valor agregado como compotas e artesanatos. A criação de um site para documentar e divulgar as atividades do projeto amplia ainda mais seu alcance, servindo de inspiração para outras iniciativas e instituições. Para o futuro, é essencial a continuidade das atividades e o aprimoramento dos conhecimentos aplicáveis, assegurando que o projeto siga gerando impacto positivo no desenvolvimento social, econômico e ambiental da comunidade.

Palavras-chave


Agroecologia; Cultura; Desenvolvimento.