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Variabilidade de distribuição de plantas e interferência de plantas daninhas no milho
Jean Carlos Petrikoski, Fernando Machado dos Santos, Renato Henrique Menetrier Santi, Maria Antônia Rossatto Novelli, Hugo Bergmann, Daniel Piezentini, Cleiton Dallaqua Picoli, Ânderson Lucas Ghiot, Roniel Lima da Silva, Alan Victor Arnold

Última alteração: 09-10-2023

Resumo


A planta do milho tem baixa plasticidade e pouca capacidade de ocupar eficientemente espaços vazios, ao contrário de culturas que podem ramificar e produzir. A distribuição desigual nas linhas prejudica a captação de luz, absorção de nutrientes e água, levando a uma menor produção e aumentando a competição com plantas daninhas. O estudo da variabilidade de distribuição de plantas na linha de semeadura e interferência de plantas daninhas é fundamental para o entendimento dos impactos das estratégias de manejo de plantas daninhas, podendo levar ao desenvolvimento de práticas de manejo específicas, visando à mínima interferência e a maximização do potencial produtivo. O objetivo do estudo é avaliar como os híbridos de milho respondem à distribuição de plantas na linha e à interferência de plantas específicas. O delineamento experimental foi blocos casualizados com parcelas sub-subdivididas e quatro repetições, em arranjo experimental trifatorial (2x2x3). O experimento utilizou os híbridos AG9025 e P3016VYHR em diferentes condições: competição durante todo o ciclo, sem competição e variação na densidade de plantio (CV de 0%, 25% e 50%). Cada parcela continha sete linhas espaçadas a 45 cm por 4 metros, com 80.000 plantas por hectare. Após a emergência, ocorreu o desbaste para deixar uma planta por posição e 80.000 plantas/ha, com adubação ajustada para 10.000 kg/ha de expectativa de produtividade. No tratamento sem competição, o controle de plantas daninhas foi por controle químico e capina semanais. Foram avaliados o número de folhas, altura e área foliar do milho nos estádios vegetativos até R1, em 4 plantas por parcela. Também foram analisadas a fitossociologia e biomassa das plantas daninhas, além da matéria seca do milho, componentes de produtividade, população de plantas dominadas e análise estatística. Os coeficientes de variação na densidade de plantio não afetaram a produtividade, mas as diferentes cultivares e o controle de plantas invasoras tiveram significado. A cultivar P3016VYHR teve maior produtividade do que a AG9025. O manejo adequado das plantas daninhas proporcionou rendimentos mais altos. Concluímos que a escolha do híbrido de milho e o manejo eficaz são fundamentais para garantir alta produção, especialmente em condições adversas como o La Niña. Assim, a genética e o manejo desempenham papéis cruciais na maximização da produtividade.



Palavras-chave


Variabilidade; Produtividade; Manejo