Última alteração: 09-10-2023
Resumo
Há o constante desafio em ter uma sustentável oferta de forragem no decorrer de todas as estações do ano considerando as especificidades de cada sistema de produção no Sul do Brasil. Para que indicadores produtivos dos rebanhos na região consigam alcançar seus objetivos e traçar novas metas, faz-se necessário conhecimento sobre as adaptações de plantas forrageiras, representadas por cultivares que respondam positivamente as variações climáticas, bem como resistência ao déficit hídrico. Sendo assim, gramíneas perenes de clima temperado conseguem possibilitar forragem de qualidade, principalmente, nos períodos de transição das estações que caracterizam por meses de vazio forrageiro, como no outono/inverno e primavera/verão. Além dessas forrageiras terem características de alta qualidade e elevada produção de forragem, apresentam persistências por vários ciclos produtivos no decorrer dos anos. O projeto está avaliando o estabelecimento e a produção de forragem em cultivares de Azevém perene, Dátilo e Festuca sob desfolhação intermitente na região do Planalto Médio do RS. O experimento está sendo conduzido na área agrícola do Setor de Bovinocultura de Leite do IFRS-Campus Sertão. Os tratamentos são compostos por três espécies forrageiras, sendo elas: Azevém perene (Lolium perenne), Dátilo (Dactylis glomerata) e Festuca (Festuca arundinacea Schreb) distribuídos em um delineamento inteiramente casualizados, com quatro repetições, representado pelas parcelas/piquetes. As unidades experimentais estão separadas longitudinalmente por um corredor de 2,4 m para o manejo de animais, sendo seis parcelas em cada lado, com 85,2 m2 cada e doze ao total. A semeadura das cultivares foi realizada a lanço em 07/06/2023 e, posteriormente, em 28/06/2023 foi aplicado adubação a base de fósforo, potássio e nitrogênio. Na fase de estabelecimento do dossel forrageiro ocorreu a concorrência com plantas de aparecimento espontâneo, sendo necessário o controle com o uso de herbicidas seletivos, que gerou fitotoxidade mais expressiva na cv. Festuca. A expectativa é de 90 dias após semeadura para que os dosséis atinjam altura adequada para pastejo, que será monitorada a cada três dias. Os pastejos serão realizados quando os pastos atingirem 25 cm de altura de entrada e 8 cm de altura de saída (resíduo). A densidade de perfilhos, rendimento e a composição morfológica da forragem serão quantificados no pré-pastejo na altura do resíduo. As respostas obtidas na forma de persistência e produtividade das cultivares serão de extrema importância para o desenvolvimento da bovinocultura sustentável na região e trazem a vivência prática aos estudantes do curso Téc. Agropecuária, Ensino Superior e aos agricultores da Região do Planalto Médio do RS.