Última alteração: 18-01-2021
Resumo
Autores: Diênifer Soster Manica¹; Wagner Antonio Tamagno¹; Amanda dos Santos¹; Ana Paula Vanin2; Wallace Santini¹; Nathália Tafarel Sutorillo¹; Rosilene Rodrigues Kaizer Perin¹(in memoriam); Noryam Bervian Bispo¹.
1 - Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Sertão, Sertão, RS, Brasil.
2 - Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim, Erechim, RS, Brasil.
Os avanços das técnicas da medicina proporcionaram um aumento na expectativa de vida da população, entretanto a complexidade das doenças degenerativas ainda não permitiu conhecer integralmente a sua etiologia. A vista disso, os compostos conhecidos como terpenóides presentes na Cannabis sativa possuem funções terapêuticas que são conhecidas há muito tempo. No entanto, sua utilização medicinal apresenta desafios culturais. O estudo dos seus análogos, dos receptores canabinóides (CB1 e CB2) e das enzimas envolvidas no seu metabolismo é muito recente. O primeiro medicamento baseado nos canabinóides endógenos é um antagonista do receptor CB1, utilizado para o tratamento da obesidade. Há relatos de um crescente interesse clínico dos canabinóides e da sua aplicação terapêutica, no entanto, os seus efeitos secundários limitam a sua aplicação e autorização. Além disso, acredita-se que existe interferência destes compostos no sistema nervoso gabaérgico responsável, por exemplo, pela ansiedade. Nesse sentido, a avaliação destes compostos sobre determinadas desordens neurológicas é necessária, uma vez que, utilizando organismos modelo torna-se possível avaliar atividades protetivas ou curativas. Dessa forma, o estudo tem por objetivo avaliar as principais enzimas relacionadas com vias metabólicas, afetadas pelas doenças supracitadas, através de ensaios bioquímicos cinéticos, comportamentais e fluorimétrico. Além disso, avaliar a possível relação destes compostos com os sistemas nervoso gabaérgico e colinérgico e as etiologias de distúrbios de ansiedade, depressão e doenças neurodegenerativas. Devido aos grandes percalços pelos quais 2020 nos proporcionou, o estudo em testes in vivo terá início somente em 2021. Desta forma, até o presente momento foi efetuado apenas as manutenções basais dos Caenorhabditis elegans que serão utilizados para os experimentos e também o recebimento dos terpenóides sintéticos. Como perspectiva futura, almeja-se determinar os principais mecanismos envolvidos nas vias gabaérgicas e colinérgicas em que os terpenóides tem influência para a redução do estresse. Por fim, avaliar o potencial protetivo e/ou curativo que os terpenóides sintéticos encontrados em C. sativa proporcionam.