Última alteração: 25-01-2021
Resumo
Resumo: As plantas forrageiras da espécie Megathyrsus maximus são fundamentais para a produção pecuária brasileira, uma vez que permitem altas produções de forragem por unidade de área, execução de ciclos de pastejo da primavera ao outono e maior biodiversidade nos Sistemas de Produção. No RS devido as condições climáticas de inverno, cultivares da espécie são desafiados a persistirem após o término de ocorrência das geadas. Um manejo que se indica promissor, visando preservar gemas basais dos perfilhos e possibilitar a continuidade na produção de forragem em ciclos seguintes, envolve a sobressemeadura com espécies de gramíneas e leguminosas típicas de clima frio. Em 2017 foi implantado no IFRS – Campus Sertão uma linha de pesquisa integrada com pesquisadores do CNPGC para avaliar adaptação e persistência produtiva de oito cultivares, em delineamento de blocos casualizado, totalizando 32 parcelas de 12 m2 cada. As desfolhações ocorreram por meio do corte da forragem sempre que o dossel atingia altura pré-definida, condição em que a morfogênese representada pelo aparecimento e alongamento de lâminas foliares são intensos e reduzidos os processos de alongamento de colmo e senescência de folhas. O resíduo ficou em 50% das alturas de desfolhação. As cultivares Aruana, Massai e BRS Tamani foram desfolhadas quando os dosséis apresentavam de 50 cm e o resíduo deixado em 25 cm, Gatton Panic de 60 e 30 cm; Quênia e Tanzânia de 70 e 35 cm; Zuri de 80 e 40 cm; e Mombaça de 90 e 45 cm. As alturas do dossel e o monitoramento de parâmetros produtivos de forragem foram executadas por estudantes do curso de Bacharelado em Zootecnia, que desenvolveram trabalhos de final de curso, bolsistas e por uma estudante de mestrado. Após a obtenção de respostas das cultivares sob corte, selecionou-se cinco cultivares, sendo elas Aruana, BRS Tamani, Gatton Panic, BRS Quênia e BRS Zuri para implantação do protocolo de avaliação em pastejo para o ano de 2020. As cultivares escolhidas apresentaram características como elevada produção de forragem, facilidade de consórcio com forrageiras anuais de inverno ou rebrote intenso após período de geadas. A indagação a ser respondida envolve conhecer a persistência das mesmas sob pastejo, produção de forragem e respostas produtivas utilizando vacas em lactação. Esses indicadores serão relevantes para estimar a contribuição e compor o plano de forrageamento das Unidades de Produção Agropecuária da região.
Palavras-chave: Forragem, produção, planejamento.