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A mistura de tanque de herbicidas inibidores da ACCase e 2,4-D pode ser realizada?
Rubens Antonio Polito, Rafael Dysarz, Alisson Matias Hahn, Ana Paula Hahn, Felipe Bagnara, Júlia Loss Ribas, Larissa Pasqualotto, Leonardo Frosi, Mateus Pretto, Nayara Costa de Carvalho Sousa Okumoto, Rafaela Cinelli, Tamara Heck, Leandro Galon, Michelangelo Muzell Trezzi, Anderson Luis Nunes

Última alteração: 11-10-2019

Resumo


A ocorrência de plantas daninhas em áreas produtoras de grãos é um dos principais fatores bióticos limitantes da produção. Neste cenário, a presença de espécies monocotiledôneas e dicotiledôneas na mesma área tem sido cada vez mais recorrente. Para mitigar tais perdas, o controle químico é amplamente utilizado. Porém, a utilização massiva do principal herbicida do mercado, o glyphosate, resultou na seleção de biótipos resistentes a esse herbicida. Com isso, tem se utilizado comumente herbicidas inibidores da Acetil Co-A Carboxilase (ACCase) para o controle de monocotiledôneas e mimetizadores de auxina para dicotiledôneas, ao passo que quando associados pode ocorrer antagonismo no controle de algumas espécies. Dessa forma, é recomendado a aplicação separada desses herbicidas devido a tal efeito. Porém, nem sempre essa prática é realizada pelos agricultores devido ao incremento de custo de operação. Baseado nisso, o trabalho teve por objetivo avaliar o controle de azevém utilizando herbicidas inibidores da ACCase em mistura com o herbicida 2,4-D e triclopyr. Os experimentos foram conduzidos a campo no município de Sertão, Rio Grande do Sul, no ano de 2018, sob delineamento de blocos casualizados. Foram implantados três experimentos à campo contabilizando seis curvas de dose-resposta com os herbicidas inibidores da ACCase clethodim, quizalofop-p-ethyl e a mistura formulada clethodim + quizalofop-p-ethyl. As doses de clethodim foram: 225; 337,5; 450; 675 e 900 ml ha-1. Para o quizalofop-p-ethyl 540; 810; 1080; 1620; 2160 ml ha-1 e para a mistura formulada 225; 337,5; 450; 675 e 900 ml ha-1. Todas as doses foram associadas a 2,4-D (1005 g e.a. ha-1) ou triclopyr (720 g e.a. ha-1). Além disso, foram aplicados de forma isolada os herbicidas clethodim (450 ml ha-1), quizalolop-p-ethyl (1080 ml ha-1) e clethodim + quizalofop-p-ethyl (450 ml ha-1), sendo estas as doses recomendadas para o controle de azevém. A mistura formulada de clethodim + quizalofop-p-ethyl obteve controle satisfatório sobre azevém em início de florescimento quando associado a 2,4-D e triclopyr. O herbicida triclopyr se mostrou mais antagônico sobre quizalofop-p-ethyl do que o 2,4-D. Todas associações entre graminicidas e os mimetizadores de auxina resultaram em perdas de controle aos primeiros, ao equiparar com o controle sem a presença dos latifolicidas. Além disso, nenhum herbicida, seja isolado ou em mistura, conseguiu atingir 100% de controle das plantas, necessitando de uma aplicação sequencial. O trabalho demonstrou a discrepância que existe entre herbicidas e suas respectivas misturas, necessitando a verificação de outras junções de diferentes herbicidas.

Palavras-chave


Antagonismo; Azevém; Controle químico.

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