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Turismo em comunidades quilombolas: potenciais experiências eco-etno-culturais no Rio Grande do Sul
Charlize Deconto, Sabrina Rodrigues Sousa, Vanda Aparecida Fávero Pino, Manuela Rösing Agostini, Luciana da Costa de Oliveira

Última alteração: 11-10-2019

Resumo


No Brasil, assim como no mundo, o turismo é um dos setores em maior crescimento, sendo uma importante fonte geradora de emprego e renda. O turismo, bem como suas práticas e ações, é constituído de diversas vertentes, sendo uma delas relacionada a atividades culturais e étnicas, que proporcionam ao turista o encontro com tradições e culturas que são distintas das vivenciadas por ele cotidianamente. As comunidades quilombolas da Arvinha e da Mormaça, localizadas no município de Sertão/RS, apresentam viabilidade para o turismo cultural regional, podendo promover o desenvolvimento socioeconômico do público abrangido, bem como manter o patrimônio do ambiente cultural e natural destes. Os projetos de pesquisa do IFRS – Campus Sertão em andamento nas duas comunidades apontam por meio dos estudos históricos e literários e da Inovação Social, o potencial turístico das duas comunidades em análise. Desta forma, o objetivo deste trabalho é analisar os impactos socioambientais e culturais nas comunidades quilombolas da Arvinha e Mormaça quando de visitações por parte de grupos orientados. Além disso, também é foco do presente projeto a percepção da valorização dos saberes e fazeres locais com vistas ao desenvolvimento sustentável. Assim, está em construção junto às populações da Arvinha e da Mormaça, uma proposta de roteiro para a visitação de seus espaços naturais e de memória. O ponto de partida do roteiro se baseia em relatos orais do projeto “Narrativas Quilombolas”, oportunizando o entendimento que a comunidade tem acerca de sua história e identidade; sensibilização da comunidade sobre o projeto, especialmente o fato de seu território ser espaço de visitação; construção coletiva do roteiro a ser desenvolvido bem como percepção das potencialidades dos lugares de memória a serem visitados; aulas-piloto que visam apreender a demanda por roteiros nas comunidades quilombolas. Como resultados, espera-se a construção comunitária da proposta do roteiro junto a seus moradores com a mediação de pesquisadores e estudantes do IFRS – Campus Sertão, valendo-se de apresentação do território e seus entornos, guiamento, contação de histórias, rodas de conversa e lanches comunitários, além de posterior comercialização de produtos de economia solidária. Sempre que avaliado de forma positiva pelos sujeitos envolvidos, principalmente os comunitários, são consideradas viáveis as rotas turísticas em comunidades quilombolas, como forma de agregar conhecimento e experiências aos visitantes, bem como contribuir de maneira positiva para a visibilidade das comunidades envolvidas e em projetos maiores visando a sustentabilidade.


Palavras-chave


comunidades quilombolas, roteiros turísticos, inovação social, desenvolvimento sustentável

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