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Quantificação de Meloidogyne javanica no solo após tratamento químico e biológico na cultura da soja conduzida sob estresse hídrico
Poliana Tais Goi, João Gabriel Assumpção, Anderson Elias Menegaz, Daniel Elicher, Yuri de Mello Alves, Henrique Solagna Kraemer, Leticia Aparecida dos Santos Rosa, Márcia Aparecida Smaniotto

Última alteração: 04-10-2019

Resumo


Os fitonematoides constituem-se como um importante grupo de patógenos da cultura da soja, que não manejados adequadamente ocasionam danos expressivos a essa cultura. Dentre as principais espécies presentes nas lavouras de soja no Brasil destacam-se os causadores de galhas, pertencentes ao gênero Meloidogyne. Para a espécie M. javanica a condição hídrica ideal é o solo sempre úmido e com temperaturas entre 25 e 30°C. Em condições de excesso de água ou seca, as atividades vitais podem ser paralisadas totalmente. Dentre os meios de controle, além de rotação de cultura, há tratamentos químicos e biológicos. Dessa forma, esse trabalho teve por objetivo avaliar a multiplicação de M. javanica no solo, na cultura da soja sob estresse hídrico. O trabalho foi desenvolvido na estufa do setor de fruticultura do IFRS campus Sertão, conduzido com 5 tratamentos e 12 repetições. Foram aplicadas duas doses do grupo químico neonicotinoide e metilcarbamato de oxima (Cropstar®) (0,50 e a máxima 0,70 L/100 kg de sementes) e de Bacillus subtilis e B. licheniformis (Quartzo®) representando o controle biológico (60 L/ha e 600 L/ha). As sementes utilizadas foram M5838 e M5892(Monsoy®). Cada vazo possuía 1 kg mistura de areia e solo, na proporção de 2:1. O inóculo contendo os nematoides foi cedido pela UNESP. Após a solução preparada, foi inoculado a população de 300 nematoides vivos por vaso. As avaliações foram feitas após 110 dias. Para a extração dos nematoides do solo nos vasos foi utilizada a técnica de Hussey & Barker (1973), modificadas por Boneti e Ferraz (1981). A solução resultante de 2ml foi contada na lâmina de Peters sob microscópio óptico. Foi avaliado a quantidade de fêmeas, juvenis no 2º estádio (J2) e a quantidade total de nematoides vivos.  Os dados foram submetidos a análise de variância, sendo as médias comparadas pelo Teste de Tukey a 5% pelo programa estatístico Assistat. Na testemunha foi encontrado o maior número de nematoides vivos, seguido da dose mínima e máxima do Cropstar®. Na análise das fêmeas não houve diferença significativa entre os tratamentos. A maior quantidade de J2 foi encontrada na testemunha, dose máxima do Quartzo® e dose mínima do Cropstar®. Mesmo sob estresse hídrico houve multiplicação dos nematoides. Entre os tratamentos, o controle biológico é o mais eficaz.


Palavras-chave


Nematoide; Galha, Controle

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