Última alteração: 09-10-2019
Resumo
Atualmente, o uso de agroquímicos vem aumentando com isso o mercado está desenvolvendo novas tecnologias pelas empresas de biotecnologia, para culturas de soja (Glycine max), milho (Zea mays L.), e algodão, que expressam genes resistência a herbicidas à base de glifosato, 2,4-D colina, glufosinato de amônio e haloxyfop acarretando assim um aumento no uso destes agrotóxicos. A utilização massiva de agrotóxicos tem ocasionado sérios e inúmeros efeitos, não só para o ambiente como também para a saúde humana, especialmente a do trabalhador rural. Dentre os principais efeitos relatados estão, a desregulação hormonal, impotência, infertilidade e má formação fetal. Com estas exposições os riscos do aparecimento de câncer e de doenças Neurodegenerativas, como a Doença de Alzheimer causam grande preocupação ambiental. Desta forma, a pesquisa utiliza como organismo modelo o Caenorhabditis elegans (C. elegans), nematódeo de solo ideal para pesquisas toxicológicas será exposto agudamente as doses indicadas de cada agrotóxico, para que assim se possa avaliar seus efeitos neuroquímicos. Os agrotóxicos causam danos à saúde de organismos não alvo, como humanos, assim estudo determinará o potencial neurotóxico dos produtos avaliados. Espera-se que este estudo contribua para a evidenciação da nocividade destes compostos em organismos biológicos. Foram testadas as seguintes doses dos respectivos herbicidas: Glifosato: 3 L/ha, Glufosinato de amônio: 2 L/ha 2,4-D: 1 L/ha, Haloxifop: 0,5 L/ha e também suas respectivas meia doses sobre a atividade da enzima acetilcolinesterase (AChE), importante neurotransmissor do sistema nervoso central e biomarcador de doenças neurodegenerativas. Além dos herbicidas avaliados individualmente, foi avaliada a resposta às misturas, que comercialmente são aplicadas na lavoura. Como resultados, evidencia-se que a atividade da enzima acetilcolinesterase foi reduzida em todos os grupos de exposição na dose total quando comparado com o controle, porém não obteve diferença estatística com o Haloxyfop e Glyphosate. Já na meia dose teve um efeito similar com todos os grupos quando comparados com o controle, exceto os grupos tratados com Haloixyfop que não tiveram diferenças estatísticas quando comparados ao controle pode-se concluir que o efeito destes agrotóxicos no sistema nervoso central é danoso, pois afeta a atividade de enzimas responsáveis pela cognição, sentido e aprendizado.