O milho é um cereal de grande importância para a agricultura brasileira e mundial, devido sua utilização tanto para a alimentação humana quanto de animais. Uma elevada produtividade é o principal objetivo da maioria dos agricultores, entretanto o nível de tecnologia empregado influencia diretamente nos custos de produção e por consequência eleva o potencial produtivo da lavoura. Dessa forma, o cultivo de híbridos comerciais torna-se muitas vezes inviável para pequenos agricultores, devido ao alto custo de produção, que vai desde a aquisição de sementes, até a alta demanda por fertilizantes químicos. Devido a isso, este trabalho tem o objetivo de avaliar o rendimento de grãos de genótipos de milho crioulo em comparação à híbridos comercias em diferentes níveis tecnológicos. O experimento foi conduzido na área experimental do IFRS-Campus Sertão na safra 2015/2016, e contou com 13 genótipos, sendo 11 variedades crioulas e dois híbridos comerciais. Pode-se observar que houve diferença significativa entre as variedades testadas e os níveis tecnológicos utilizados. Os híbridos comerciais obtiveram uma maior produtividade, entretanto não houve diferença significativa quando comparados a algumas variedades crioulas. Além disso, os híbridos comerciais tiveram um maior rendimento quando submetidos ao maior nível tecnológico, porém algumas variedades de milho crioulo obtiveram maior produtividade em menores tecnologias, demostrando a melhor adaptabilidade em diferentes situações de cultivo. As populações crioulas têm um menor potencial produtivo quando comparadas aos híbridos comercias, mas são fontes de uma ampla variabilidade genética que deve ser explorada em programas de melhoramento e podem disponibilizar inúmeros genes que propiciam resistência a variados fatores bióticos e abióticos. Pode-se observar ainda que os genótipos crioulos não possuem potencial produtivo significativo, porém quando expostos a baixas tecnologias podem apresentar um rendimento próximo ou superior aos híbridos comercias.