Portal de Eventos do IFRS, 6º Mostra de Iniciação Científica, Tecnológica e de Inovação

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Potencial de uma espécie de ipê na fitorremediação de solo poluído com zinco associado à micorrizas.
Letícia Mesacasa, Carla Alves, Rosiani Castoldi Costa, Jeonice Werle Techio

Última alteração: 20-09-2016

Resumo


A poluição do solo com metais tóxicos é um problema crescente e é responsável por sérios impactos ao meio ambiente. É necessário que mais estudos sejam realizados para o melhor conhecimento da capacidade fitorremediadora de plantas para a sua possível utilização no combate à poluição. O objetivo foi avaliar o potencial de plantas de ipê-roxo associadas à micorrizas, cultivadas em solos poluídos com zinco, para fins de fitorremediação. O estudo foi realizado no IFRS – Câmpus Sertão. A espécie utilizada foi o ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa). As concentrações de zinco utilizadas foram baseadas em níveis considerados de prevenção e intervenção, segundo a resolução 420/2009 do CONAMA, sendo eles: 0, 150, 300, 450, 900 e 1800 mg de Zn kg-1 de solo. O delineamento experimental foi o de blocos casualisados. Durante a condução do experimento foram coletados, em intervalos de 20 dias, discos foliares para determinação dos teores de clorofila a e b da planta. Após 185 dias de cultivo foi realizada a coleta de raízes para estimar a porcentagem de colonização por micorrizas. Foi coletado, também, a parte aérea e o sistema radicular das plantas para determinar a massa seca da parte aérea e do sistema radicular. Os maiores valores de produção de massa seca da parte aérea e do sistema radicular foram observados nas doses de 450 e 300 mg Zn kg-1, respectivamente. Os maiores teores de clorofila a e b foram observados nas doses de 300 e 450 mg Zn kg-1, respectivamente. Assim como, os maiores percentuais de colonização de micorrizas foram encontrados nas doses de 300 e 450 mg Zn kg-1. Conclui-se que o ipê-roxo apresenta mecanismos de tolerância (massa seca da parte aérea e do sistema radicular, clorofila a e b e colonização de micorrizas) até a dose de 450 mg de Zn Kg-1, sugerindo que o mesmo apresenta potencial de fitorremediação até esta concentração de Zn no solo.

Palavras-chave


Metais tóxicos; Remediação de solos; Uso de plantas

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