Tamanho da fonte: 

Os cogumelos Pleurotus ostreatus apresentam em sua composição bromatológica, altos índices de proteína, (27 a 48%) e teores baixos de gordura (2 a 8%), além de vitaminas, minerais, beta-glucanos e compostos com atividades antioxidantes. Em função dessas características, são apontados como alternativa para suprir ou minimizar as deficiências na alimentação humana, principalmente em países com alto índice de subnutrição. Neste sentido, justifica-se a importância de se buscar novas informações a respeito de sua produção e constituição primária, visando a sua empregabilidade na alimentação. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a produtividade e eficiência biológica de cogumelos Pleurotus ostreatus, sob crescimento em serragem de pinheiro (Pinus sp.), palha de bananeira (Musa sp.), palha de milho (Zea mays) e palha de capim elefante (Pennisetum purpureum), assim como suas misturas (50% - 50%), enriquecido com bagaço de malte a 10%, sob cultivo esterilizado. Foram realizadas análises nos resíduos, sendo elas: carbono, seguindo o método Tedesco et al., 1995, nitrogênio pelo método Kjeldahl e cinzas, e nos cogumelos posteriormente colhidos, análises de umidade, proteína e cinzas. Para o início do trabalho, foi realizado a produção de inóculo ou “Spawn”, e os resíduos foram esterilizados e montados os tratamentos, sendo eles T1: 100% banana; T2: 100% milho; T3: 100% capim elefante, T4: 100% serragem pinheiro; T5: 50% capim elefante, 50% banana; T6: 50% capim elefante, 50% serragem pinheiro; T7: 50% capim elefante, 50 % milho; T8: 50% banana, 50% serragem pinheiro; T9: 50% banana, 50% milho; T10: 50% serragem pinheiro, 50% milho, ambos utilizando 3% de inóculo e 10% de bagaço de malte, sendo as repetições realizadas em quintuplicata. Os tratamentos foram acomodados em sacos de polietileno de alta densidade (PEAD), e armazenados em sala com temperatura e umidade favoráveis ao crescimento do micélio, sendo monitoradas diariamente, até a realização de uma única colheita. Os resultados mostram que a maior produtividade e eficiência biológica encontrada foram para o tratamento 1 com produtividade média: 11,57% e eficiência biológica: 38,59%, e tratamento 7 com 10,83% e 36,10% respectivamente. Conclui-se que o tratamento 1 (100% banana) e tratamento 7 (50% capim elefante, 50% milho), apresentaram maior produtividade e eficiência biológica de Pleurotus ostreatus em primeira colheita em relação aos demais resíduos analisados, demonstrando a possibilidade de utilização de diversos resíduos. Os resultados obtidos, foram submetidos a análise estatística de variância e teste de Tukey a 95% de probabilidade.

Pleurotus ostreatus; Cultivo; Produtividade; Eficiência Biológica