O cultivo de trigo (Triticum aestivum L.) no período de inverno no sul do Brasil apresenta-se como uma alternativa de renda ao produtor rural além de evitar que as áreas fiquem em pousio. Um dos pilares da produção tritícola está relacionado à escolha da cultivar por ser esta a responsável pela determinação do potencial de rendimento da cultura. Porém, existem inúmeras cultivares presentes no mercado sendo que estas se diferenciam, principalmente, quanto à reposta ao ambiente bem como ao manejo. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar o desempenho de 29 cultivares quanto à qualidade e rendimento de grãos indicadas para cultivo na região norte do Rio Grande do Sul. O trabalho foi realizado no Instituto Federal de educação, ciência e tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Sertão no ano de 2016. As cultivares de trigo foram semeadas com densidade de 330 plantas m^-2, dispostas em 116 parcelas sendo cada parcela formada por cinco linhas de 5 m de comprimento e espaçadas a 0,20 m obtendo-se uma área de 5 m² por parcela. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com quatro repetições, sendo que todas as parcelas foram conduzidas sob as mesmas condições de ambiente e manejo conforme as indicações para a cultura. Os resultados obtidos foram submetidos à analise de variância (ANOVA) classificando-se as médias pelo teste estatístico de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. As cultivares que obtiveram maiores rendimentos foram: TBIO ITAIPU, BRS REPONTE, TBIO SINTONIA, TBIO TORUK, ORS VINTECINCO, TBIO TIBAGI, TBIO NOBLE, TBIO SINUELO, MARFIM, TBIO IGUAÇU, AMETISTA, TBIO PIONEIRO e BRS 327 com respectivamente 5560,23, 5277,00, 5085,93, 5033,02, 4993,72, 4945,13, 4931,39, 4911,20, 4861,42, 4801,49, 4721,73, 4698,43 e 4685,42 kg ha^-1. Em relação à qualidade do grão se destacaram as cultivares: BRS 327, CD 1104, CD 1440, CD 1805 e ESPORÃO, todas com peso do hectolitro acima de 80.