Portal de Eventos do IFRS, 7º Mostra de Iniciação Científica, Tecnológica e de Inovação

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Potencial de espécies arbóreas da família Fabaceae na fitorremediação de solo poluído com cobre
Danúbia Neiva da Costa Menegaz, Daniel Murilo Zanetti, Daniela Batista dos Santos, Jeonice Werle Techio

Última alteração: 28-09-2017

Resumo


A poluição do solo por metais tóxicos devido às atividades antrópicas é um problema ambiental crescente. Plantas que habitam solo contaminado por metais tóxicos apresentam alteração no seu desenvolvimento, no entanto, algumas espécies podem desenvolver um mecanismo de tolerância a esses metais como estratégia de sobrevivência, sendo que a fitorremediação é um desses mecanismos. Assim, essa pesquisa visa apontar dentre três espécies florestais nativas da família Fabaceae (angico-vermelho, ingá-feijão e canafístula) a que possui maior potencial de ser utilizada para fitorremediação de solo contaminado com cobre (Cu). Para tal, o presente estudo está sendo desenvolvido em vasos com capacidade de 2 L, alocados em casa de vegetação do IFRS - Campus Sertão, sob delineamento experimental de blocos inteiramente casualizados em arranjo fatorial (6 doses de Cu x 3 espécies x 5 repetição, totalizando 90 unidades experimentais). Coletou-se solo na camada de 0-20 cm de uma área do IFRS - Campus Sertão, o qual foi submetido à análise para interpretação de atributos químicos (calagem, adubação recomendada e cálculo das doses de Cu a serem aplicadas), posteriormente peneirado e sob o qual foram adicionados 500 mg kg-1 de EDTA. Os tratamentos foram constituídos por seis níveis crescentes de contaminação por Cu (0, 60, 120, 180, 240 e 300 mg kg-1 de Cu), cujos valores são relacionados aos níveis de prevenção e intervenção em áreas agrícolas, residenciais e industriais determinados pela Resolução nº 420/2009 do CONAMA. A instalação do experimento ocorreu em 22/08/2017, momento em que cada vaso, com as respectivas doses de Cu, recebeu uma planta. Semanalmente estão sendo realizadas avaliações morfológicas (diâmetro do caule, altura da planta e número de folhas). Ainda, após 120 dias de condução do experimento serão avaliadas a massa seca da parte aérea e radicular, taxa de crescimento, índice de transporte de Cu, potencial de acúmulo de Cu, teor de clorofila, peroxidação lipídica, atividade da enzima catalase, teor de Cu na planta e no solo e índice da qualidade de Dickson. Até o momento, percebeu-se que em todas as doses e com todas as espécies estudadas, houve um crescimento médio de 0,75 cm na altura de planta. Ao término do experimento espera-se o entendimento dos processos associados à extração de Cu do ambiente e a indicação de uma potencial espécie para o processo de fitorremediação de solos contaminados por esse metal.


Palavras-chave


Metais tóxicos; Remediação dos solos; Uso de plantas

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