Portal de Eventos do IFRS, 7º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Mulheres na ciência e o contexto no IFRS Campus Caxias do Sul
Géssica Mabilia Ramos, Gabrielle Giacomet da Rosa, Alexandra de Souza Fonseca

Última alteração: 14-12-2018

Resumo


Desde os primórdios, a ciência tem se caracterizado como um ramo masculino. Porém, isso não significa que as mulheres não participaram da construção do conhecimento científico. Quando se trata do meio científico, equidade é uma palavra inexistente em relação á gêneros. Cerca de apenas 30% dos pesquisadores de todo o mundo são mulheres. Por que tem-se em mente que ciência não é coisa para mulher? Antigamente as mulheres mantinham muito contato com este ramo, contribuindo para a medicina, a Química, a física entre tantas outras áreas do conhecimento. A partir da formalização da ciência, isto é, a implantação de universidades, restringiu-se o contato das mulheres. Somente homens, sendo eles ricos e brancos, poderiam ingressar nas mesmas. Salvando algumas exceções, por muito tempo, as mulheres ficaram afastadas do desenvolvimento científico e tecnológico, pois eram impedidas de frequentar as universidades. A mulher era vista apenas como dona de casa, a ela cabia cuidar dos filhos, cuidar da casa, entre outras tarefas, e por esse motivo não se permitiam mulheres nas universidades. Por cerca de 700 anos, as mulheres foram vistas assim. Somente no início do século XX, as universidades passaram a aceitar a participação feminina entre os discentes e docentes. Dessa maneira, a ciência se modelou em moldes masculinos, além de não poderem frequentar aulas nas universidades, as mulheres tinham suas descobertas científicas negadas ou até mesmo perdiam o créditos das mesmas. Apesar de todos os meios de exclusão, as mulheres atuaram e presenciaram a história das ciências. Atualmente vive-se no século XXI onde mulheres ainda são vistas como donas de casa, ganham menos e possuem menor influência política e científica. A mulher cientista precisa sempre provar que é boa e competente, apenas por ser mulher, como se isso fosse uma desvantagem. Segundo dados o número de garotas que escolhem áreas científicas é inferior ao dos garotos. No ano 2000, somente 20% do graduandos de Física no Brasil eram mulheres. A mesma taxa, senão inferior, se repete em outros grandes países como Estados Unidos, Reino Unido e Japão. A contribuição feminina para a ciência começa muito antes de existir o Dia da Mulher e dos movimentos de revolução feminista. Este trabalho visa contribuir para demonstrar como este preconceito está presente no cotidiano por meio de dados coletados dentro do IFRS Campus Caxias do Sul, e também a importância da discussão deste tema na vida em sociedade.

Palavras-chave


Mulheres; Ciência; Feminina

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